A presença da Santa Sé nas Nações Unidas: "dar voz a quem não tem voz"
(31/1/2007) Dar voz a quem não tem». Este é um dos objectivos da acção que a Santa
Sé realiza nas Nações Unidas, instituição na qual tem o estatuto de observador permanente
com direito a voz, mas não a voto. Assim explicou nesta terça-feira o arcebispo
Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Nova Iorque
que no passado dia 29 teve uma audiência privada com Bento XVI. «Estou contente
de ter tido esta possibilidade de falar com o Santo Padre, em particular no referente
às preocupações e esperanças comuns sobre a ONU», revelou o prelado em declarações
á «Rádio Vaticano». Ao constatar as dificuldades que se dão no seio daquela instituição
para realizar acordos, o arcebispo explica que «neste encontro com o Santo Padre,
constatou o seu grande desejo de que a presença da Santa Sé na ONU possa dar asua
contribuição para desbloquear esta situação e fazer que haja uma maior vontade para
chegar a entendimentos que sejam fecundos para toda a humanidade». Ao falar das
esperanças e preocupações do Papa sobre as Nações Unidas, o arcebispo explicou que
«por estatuto, a ONU tem como tarefa alcançar a paz e o bem-estar das populações do
mundo, através da cooperação e através de um entendimento comum». Pelo que se refere
à actividade da Santa Sé na ONU, disse: «nós buscamos sobretudo dar voz a quem não
tem voz».