ACNUR SE PREPARA PARA ATENDER 3 MILHÕES DE DESLOCADOS
Bogotá, 26 jan (RV) - Diante da crise humanitária que se vêem a enfrentar aproximadamente
3 milhões de pessoas, vítimas do deslocamento interno forçado, causado pela violência
interna na Colômbia, o Alto Comissariado das NN. UU. para Refugiados (ACNUR) decidiu
abrir outros escritórios no país, para melhorar sua resposta a tal situação.
As
agências do ACNUR na Colômbia são agora doze. Em conjunto, elas lançam a campanha
nacional para fazer de 2007 o "Ano dos direitos das pessoas internamente deslocadas".
A
Colômbia tem hoje, o número mais elevado de população deslocada, no mundo. Os dois
novos escritórios estão localizados em Medellín, a segunda maior cidade da Colômbia,
e em Villavicencio, ao sul de Bogotá. As duas cidades abrigam um grande número de
pessoas deslocadas.
Medellín é a capital do departamento de Antioquia, que
tem sido, tradicionalmente, uma das regiões mais afetadas pelo conflito. Somente na
década passada, mais de 300 mil pessoas foram forçadas a fugir da violência. Como
em outras partes da Colômbia, muitos deixaram suas casas, nas áreas rurais onde o
conflito é mais intenso, para refugiar-se na cidade.
Em Meta, onde está localizada
Villavicencio, mais de 64 mil pessoas são registradas como deslocadas. No entanto,
as autoridades reconhecem que as cifras reais podem ser bem maiores, uma vez que muitas
pessoas não têm acesso ao procedimento de registro.
O conflito armado na Colômbia,
que começou nos anos 60, forçou, só no ano passado, cerca de 110 mil pessoas a fugirem
de suas casas, de acordo com as estatísticas provisórias do governo. Algumas ONGs
apontam dados nacionais mais altos: em torno de 200 mil pessoas.
O ACNUR vem
trabalhando na Colômbia desde 1997, para apoiar e dar respostas à crise causada pelos
deslocamentos. O orçamento do ACNUR para a Colômbia, em 2007, é de 14 milhões de dólares;
em 2006, foi de 11,7 milhões de dólares. (LB)