2007-01-25 18:02:53

PAPA DEDICA CATEQUESE DA AUDIÊNCIA GERAL AO CAMINHO ECUMÊNICO DA IGREJA NOS ÚLTIMOS TEMPOS


Cidade do Vaticano, 24 jan (RV) - O ecumenismo é uma "lenta e difícil estrada", ao longo da qual não faltam, todavia, momentos de alegria. Uma estrada na qual se respira "o ar puríssimo da plena comunhão".

Bento XVI voltou a falar esta manhã, na Audiência Geral realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, da Semana de oração pela unidade dos cristãos, que se conclui amanhã, quinta-feira.

O Santo Padre recordou os eventos ecumênicos mais importantes de 2006, que culminaram com o abraço da paz, na Turquia, com o patriarca ecumênico, Bartolomeu I.

A oração comum é a chave para iluminar as sombras que ainda escurecem o caminho rumo à unidade. Bento XVI insistiu nesse conceito, afrontando com grande ênfase, o tema da comunhão entre as diversas expressões da cristandade. Um caminho árduo, para o qual toda a Igreja é chamada, como afirma o Concílio Vaticano II: do vértice à base.

"O ecumenismo é, certamente, um processo lento e, por vezes, também desencorajador, quando se cede à tentação de ouvir e não de escutar, de falar com meias palavras, ao invés de proclamar com coragem." Não é fácil abandonar uma "cômoda surdez", como se o Evangelho intacto não tivesse a capacidade de reflorescer, reafirmando-se como providencial fermento de conversão e de renovação espiritual para cada um de nós.

"Tudo se pode obter rezando", porque esse é "o primeiro dever comum de todo cristão". E os 40 anos de ecumenismo pós-conciliar são uma demonstração eloqüente disso, considerando os frutos nascidos durante esse percurso.

"Vendo o maravilhoso florescimento do compromisso pela recomposição da unidade dos cristãos, percorrendo o caminho dos últimos 40 anos, surpreende que o Senhor nos tenha despertado do torpor da auto-suficiência, da indiferença, que nos torna sempre mais capazes de ouvir e não somente de escutar."

"Oração e diálogo, "esforço", mas também "purificação da memória": são as características do compromisso que o caminho ecumênico requer. Nessa estrada "lenta e difícil" não é, porém, impossível encontrar oásis de "alegria" e respirar, reconheceu o papa, "o ar puríssimo da plena comunhão".

São testemunha disso, os numerosos e importantes eventos ecumênicos que caracterizaram, do início ao fim, o ano de 2006. Bento XVI evocou alguns momentos desse percurso. Entre outros, destacou a positiva conclusão de mais de 30 anos de contato com as Igrejas reformadas; o "significativo momento de oração" com o primaz da comunhão Anglicana, o arcebispo de Cantuária, Dr. Rowan Williams.

Destacou também, o relançamento das relações com a Igreja ortodoxa russa, em julho de 2006, quando se realizou em Moscou, um encontro de cúpula dos líderes religiosos.

O pontífice definiu como "extraordinária", sua viagem à Turquia, marcada _ em chave ecumênica _ pelo encontro com o patriarca ecumênico, Bartolomeu I. (RL)







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