2007-01-24 14:50:37

Os meios de comunicação social respeitem as crianças, evitem a violência e as grosserias, pede Bento XVI na mensagem para o dia mundial das comunicações sociais de 20 de Maio de 2007


(24/1/2007) A industria dos media deve proteger a dignidade humana e individual e promover o respeito pela necessidade da família e das crianças. Mas as próprias crianças devem ser educadas em primeiro lugar pelos pais e pela escola, a serem selectivos no uso dos media. Este o apelo lançado por Bento XVI na sua mensagem para o 41º dia mundial das comunicações sociais que se celebra a 20 de Maio próximo sobre o tema “as crianças e os media: um desafio para a educação”.
Salientando as responsabilidades dos media como industria e a necessidade de uma participação activa e critica da parte dos utentes, Bento XVI põe em realce que a formação adequada para o uso correcto dos media è essencial para o desenvolvimento cultural, moral e espiritual das crianças e que educar as crianças a serem selectivas no uso dos media è responsabilidade dos pais, da Igreja e da escola.
Na frente dos meios de comunicação” qualquer tendência a realizar programas e produtos – inclusive desenhos animados e videojogos – que, em nome do entretenimento, exalta a violência e apresenta comportamentos anti-sociais ou a banalização da sexualidade humana constitui uma perversão, e é ainda mais repugnante quando tais programas são destinados às crianças e aos adolescentes.
Daqui o apelo do Papa aos responsáveis da indústria dos meios de comunicação social a salvaguardarem o bem comum, a promoverem a verdade, a protegerem a dignidade humana de cada indivíduo e a fomentarem o respeito pelas necessidades da família.
A educação aos media, da qual devem ser destinatárias as crianças, contudo, segundo Bento XVI deveria ser positiva. Colocando as crianças perante aquilo que é estética e moralmente excelente - explica - são ajudadas a desenvolver o apreço, a prudência e as capacidades de discernimento. O Papa sublinha o valor fundamental do exemplo dos pais e os benefícios da apresentação aos jovens dos clássicos infantis da literatura, das belas-artes e da música edificante. Para o Papa a beleza, uma espécie de espelho do divino, inspira e vivifica os corações e as mentes mais jovens, ao passo que a torpeza e a vulgaridade têm um impacto depressivo sobre as atitudes e os comportamentos.”
O empenho a educar as crianças pelos caminhos da beleza, da verdade e da bondade somente pode ser sustentada pela indústria dos meios de comunicação social, na medida em que ela promover a dignidade humana fundamental, o valor genuíno do matrimónio e da vida familiar, e as conquistas e as finalidades positivas da humanidade.
Por outro lado, perante programas que exaltam a violencia e apresentam comportamentos anti-sociais ou a banalização da sexualidade humana pergunta o Papa na mensagem publicada na festa de São Francisco de Sales padroeiro dos jornalistas católicos – como é que se poderia explicar este «entretenimento» aos numerosos jovens inocentes que realmente são vítimas da violência, da exploração e do abuso?

(texto integral em "Documentos")







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