SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS: UM OLHAR ÀS RELAÇÕES ENTRE CATÓLICOS E
LUTERANOS
Cidade do Vaticano, 18 jan (RV) - A Semana de oração pela unidade dos cristãos,
que começa oficialmente hoje, na Itália e em diversos outros países do mundo, teve
início com o auspício de Bento XVI, que ontem, na habitual Audiência Geral das quartas-feiras,
fez votos para que se dêem "passos significativos no caminho da comunhão entre todos
os discípulos de Cristo".
Esta Semana de oração é celebrada no Brasil, entre
a Ascensão do Senhor e Pentecostes.
A partir de hoje até a próxima quinta-feira,
dia 25 do corrente, muitas iniciativas de caráter ecumênico promovidas pelas comunidades
eclesiais de várias partes do mundo, estarão sendo realizadas. O ponto de partida
para a reflexão nos é dado pelo versículo do Evangelho de São Marcos, que serve como
título da Semana de oração pela unidade dos cristãos-2007: "Faz ouvir os surdos e
falar os mudos".
O subsecretário do Pontifício Conselho para a Promoção da
Unidade dos Cristãos, Mons. Eleuterio Fortino, explicou, em entrevista à Rádio Vaticano,
de que modo é escolhido, a cada ano, o tema de reflexão...
Mons. Eleuterio
Fortino:- "Desde 1975, em vez de um grupo internacional organizar os textos de
oração, foi escolhido um método mais longo, mas também mais ecumênico. A cada ano,
se pede a um grupo ecumênico de um país diverso, que faça uma proposta sobre o tema
e sobre alguns elementos para o desenvolvimento do próprio tema. Um ano, quem faz
esse pedido é o nosso Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos;
outro ano, é o Conselho Ecumênico de Igrejas. Para este ano, foi pedido às comunidades
cristãs do África do Sul, onde foi escolhido o referido tema, provavelmente por uma
situação particular naquele país, onde os cristãos têm a impressão de que não se fala
suficientemente sobre as exigências do lugar: questões de racismo, de exploração,
de pobreza, questões de falta de assistência médica ou de outras necessidades da vida.
E mesmo nesse contexto, existe uma certa resistência a falar de problemas que julgam
delicados, como, por exemplo, a AIDS, ou por outras razões locais. Portanto, pensaram:
"É preciso ter língua para falar e, ao mesmo tempo, ouvidos para ouvir aquilo que
o Senhor nos diz também no que diz respeito a essas exigências da comunidade humana.""
(RL)