2007-01-19 13:41:31

As religiões unam esforços a favor do respeito do homem e na defesa dos valores que regem a vida: voto de Bento XVI, recebendo, nesta sexta-feira, o novo Embaixador da Turquia


(19/1/2007) O Papa começou por evocar a sua recente visita, ocasião em que (declarou) desejava nomeadamente “reafirmar o enraizamento da Igreja católica na sociedade turca, graças não só à prestigiosa herança das primeiras comunidades cristãs da Ásia menor… mas também à existência de comunidades cristãs hoje em dia”.
“No decurso da minha memorável viagem – prosseguiu Bento XVI – manifestei em repetidas ocasiões o respeito da Igreja Católica pelo Islão, e a estima do Papa e dos fiéis pelos crentes muçulmanos”.
“No mundo actual, em que parecem exacerbar-se as tensões, é convicção da Santa Sé…que os crentes das diferentes religiões devem esforçar-se por actuar conjuntamente a favor da paz, começando por denunciar a violência, tantas vezes utilizada no passado a pretexto de motivações religiosas, aprendendo a conhecer-se melhor e a respeitar-se mais para edificar uma sociedade cada vez mais fraterna”.
As religiões podem também unir os seus esforços para agir a favor do respeito do homem, criado à imagem do Todo-Poderoso, e para fazer reconhecer os valores fundamentais que regem a vida das pessoas e das sociedades.”

“O diálogo, necessário entre as Autoridades religiosas, a todos os níveis – observou ainda Bento XVI – começa na vida de cada dia, pela estima e pelo respeito mútuos entre os crentes das diferentes religiões, partilhando a mesma vida e actuando conjuntamente a favor do bem comum”.

Finalmente, uma referência directa ao “lugar específico da Turquia”, chamada, pela “sua situação geográfica e histórica” a ser uma “ponte entre os continentes asiático e europeu”, assim como “encruzilhada de culturas e religiões”. “Aprecio o empenho do vosso país, no seio da comunidade internacional, a favor da paz, nomeadamente pela sua acção visando o retomar de negociações no Médio Oriente, e sua implicação actual no Líbano, para ajudar à reconstrução do país devastado pela guerra e para permitir um diálogo construtivo entre todas as partes constitutivas da sociedade libanesa.”

“A Santa Sé – assegurou o Papa - segue sempre com grande atenção as discussões e esforços empreendidos pelas nações para regulamentar entre si… as situações conflituais herdadas do passado, assim como as acções empenhadas para reaproximar os países em associações ou uniões políticas, culturais e económicas”.
“A mundialização dos intercâmbios, já manifesta a nível económico e financeiro, deve evidentemente acompanhar-se de políticas comuns, a nível planetário, para garantir um desenvolvimento durável e organizado que não exclui ninguém e que assegura um futuro equilibrado às pessoas, às famílias e aos povos”.








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