(18/1/2007) O diálogo entre as várias Igrejas cristãs tem conhecido desenvolvimentos
positivos, apesar das divergências históricas que dificultam, muitas vezes, o desejado
caminho para a unidade. A convicção é manifestada pelo homem do Papa para o diálogo
ecuménico, Cardeal Walter Kasper, no início da semana de oração pela unidade dos cristãos.
Para este responsável, é possível verificar o crescimento de um “ecumenismo de
vértice”, nos grandes encontros de líderes das Igrejas, e do “ecumenismo de base”,
no quotidiano das várias comunidades eclesiais. Estas duas realidades estão interligadas,
segundo o Cardeal Kasper, “como duas faces da mesma moeda”. O presidente do Conselho
Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos referiu à SirEuropa (www.agensir.it)
que o ano de 2006 ficou marcado por vários passos em frente: foi retomado o diálogo
teológico com as Igrejas Ortodoxas, o Papa visitou a Turquia, o Arcebispo Ortodoxo
de Atenas veio a Roma e o Primaz da Igreja Anglicana visitou Bento XVI. Apesar
das divergências dogmáticas que permanecem com as Igrejas do Oriente sobre o ministério
do Papa e das diferenças de cultura e mentalidade, o Cardeal Walter Kasper acredita
que o caminho está mais fácil, classificando como “histórica” a visita do Primaz grego,
Christodoulos. Já na relação com as Igrejas da Reforma, têm crescido os desentendimentos
em relação a temas como “a homossexualidade, o divórcio e a eutanásia”. A convicção
que permanece, contudo, é de que é possível “chegar à unidade perfeita” com as Igrejas
do Oriente e “colaborar com grupos importantes presentes nas Igrejas protestantes”.