IGREJA ESLOVACA SE UNE PARA DEFENDER O BISPO SOKOL, ACUSADO DE COLABORACIONISMO
Bratislava, 12 jan (RV) – A Igreja Católica na Eslováquia fechou-se em defesa
do arcebispo de Bratislava-Trnava _ primeira diocese do país _ Dom Ján Sokol, acusado
de ter colaborado com a polícia política durante o regime comunista.
Segundo
o Departamento para a Memória da Nação, que documenta os delitos cometidos durante
a ditadura, Dom Sokol aparece nos protocolos de registro da polícia política (STB)
como colaborador do organismo repressor: desde 1972, como candidato, e a partir de
1989, como agente.
A Arquidiocese de Bratislava-Trnava questionou a credibilidade
desses protocolos, após apresentar provas da própria STB, conservadas em seu arquivo
e que foram publicadas na Internet.
Dessas provas, se deduz que Dom Sokol,
aos olhos do regime, "era um padre reacionário, ao qual impuseram muitas dificuldades"
_ explicou o historiador Jozef Halko.
Numa declaração feita durante a apresentação
desses novos dados, Dom Sokol disse: "Quero, novamente e com consciência tranqüila,
declarar que nunca e de modo nenhum, colaborei com a segurança do Estado".
O
cardeal-primaz da Eslováquia, Ján Chryzostom Korec, que militou durante anos, nas
estruturas clandestinas da oposição ao regime comunista, também defendeu Dom Sokol,
manifestando-lhe o próprio apoio. (MZ)