2007-01-14 13:59:07

Emigrantes, grande recurso para o caminho da humanidade, salientou o Papa no dia mundial do migrante e refugiado. Bento XVI pediu leis e serviços a favor dos emigrantes, e que possam favorecer a reunificação familiar


(14/1/2007) Apoiar os emigrantes e as suas famílias com serviços apropriados e leis, e favorecer em particular a reunificação das famílias, com especial atenção ás mulheres e menores. Foi o apelo lançado por Bento XVI antes da recitação do Angelus do meio dia deste domingo, por ocasião do 93º dia mundial do migrante e refugiado, no qual o Papa reafirmou os conteúdos da sua mensagem publicada nas semanas passadas e dedicada á família migrante.
É importante – disse Bento XVI- tutelar os migrantes e as suas famílias mediante o auxilio de presídios legislativos, jurídicos e administrativos específicos, e também através de uma rede de serviços, de pontos de escuta e de estruturas de assistência social e pastoral.
Faço votos – acrescentou – que em breve se chegue a uma gestão equilibrada dos fluxos migratórios e da mobilidade humana em geral, começando com medidas concretas que favoreçam a emigração regular e as reunificações familiares, com particular atenção para as mulheres e menores.
Perante milhares de fiéis congregados na Praça de São Pedro, Bento XVI sublinhou o facto do fenómeno da mobilidade humana ser muito amplo e diversificado.
Segundo dados recentes das Nações Unidas – explicou – os migrantes por motivos económicos são quase 200 milhões, cerca de 9 milhões os refugiados e cerca de dois milhões os estudantes internacionais. A este grande numero de irmãos e irmãs devemos juntar os deslocados internos e os irregulares tendo presente que cada um, de uma maneira ou doutra está ligado a uma família.
Para o Papa, também no vasto campo das migrações internacionais, a pessoa humana deve ser sempre colocada no centro. Somente o respeito da dignidade humana de todos os migrantes, por um lado, e o reconhecimento da parte dos próprios migrantes dos valores da sociedade que os acolhe, por outro, tornam possível a integração justa das famílias nos sistemas sociais, económicos e políticos dos países de acolhimento.
Além disso a realidade das migrações nunca deve ser vista apenas como um problema, mas também e sobretudo como um grande recurso para o caminho da humanidade.
E um recurso - disse o Papa a concluir - é de maneira especial a família migrante, sempre que seja respeitada como tal, não tenha de sofrer dilacerações irreparáveis, mas possa permanecer unida ou reunificar-se e cumprir a sua missão de berço da vida e primeiro âmbito de acolhimento e de educação da pessoa humana.









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