TELEGRAMA DE PESAR DE BENTO XVI PELA MORTE DO CARDEAL-ARCEBISPO DE KINSHASA

Cidade do Vaticano, 08 jan (RV) - Faleceu na noite deste domingo, na Bélgica, aos 77 anos de idade, o cardeal-arcebispo de Kinshasa e único purpurado da República Democrática do Congo, Frédéric Etsou-Nzabi-Bamungwabi. O cardeal, que sofria de diabetes, estava internado há alguns meses e, desde a última quinta-feira, se encontrava Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário de Leuven.

Num telegrama enviado ao bispo-auxiliar de Kinshasa, Dom Daniel Nlandu Mayi, e assinado pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, Bento XVI recorda, com palavras comovidas, a pessoa do Cardeal Etsou-Nzabi-Bamungwabi. O Santo Padre define o cardeal como "um filho eminente da África", "que serviu Cristo e a sua Igreja", e lembra, em particular, seu serviço pastoral nas Arquidioceses de Mbandaka-Bikoro e Kinshasa.

"Como presidente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo _ destaca o telegrama _ o purpurado empenhou-se no anúncio do Evangelho e na promoção dos povos do continente africano. O papa se une, desta forma, em oração, a todos os que sofrem por este luto."

O Santo Padre enviou outro telegrama, ao superior-geral da Congregação do Coração Imaculado de Maria, Pe. Jozef Lapauw, manifestando sua proximidade espiritual à congregação, à qual pertencia o Cardeal Etsou-Nzabi-Bamungwabi, e sublinhando "a fecundidade da ação pastoral" do cardeal-arcebispo de Kinshasa, a serviço do Congo e de toda a África.

O presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, em nome de toda a população congolesa, transmitiu ao Santo Padre, à Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO) e a todos os católicos, seu profundo pesar pela morte do cardeal. O Presidente disse estar "consternado" pelo ocorrido, e decretou luto oficial no país, para o dia do sepultamento, ainda não estabelecido.

O cardeal foi nomeado Arcebispo de Kinshasa em 7 de julho de 1990. Desde 2000 era presidente da Conferência Episcopal do Congo. Ele também era membro da Congregação para a Evangelização dos Povos, do Pontifício Conselho para a Família, e do Conselho dos Cardeais para o estudo dos problemas organizativos e econômicos da Santa Sé. (JK)