LIVRO ANALISA CRESCIMENTO E DESAFIOS DA IGREJA NOS DIVERSOS CONTINENTES
Roma, 08 jan (RV) – Cresce o número de católicos no mundo: em 25 anos, passaram
dos quase 757 milhões, em 1978, a 1 bilhão e 85 milhões, em 2003. Os dados mostram
um incremento de 43,5%, com percentuais que variam de continente a continente, revelando
uma Igreja globalizada. Na Europa, os números tendem a cair, enquanto na África mostram
um crescimento.
O jornalista da Rádio Vaticano, Fabrizio Mastrofini, analisa
esses dados, no livro "Geopolítica da Igreja Católica", afirmando que, cada continente
apresenta as suas dificuldades próprias, contrastes e tensões, assim como novos projetos
e compromissos assumidos pela Igreja, espalhada pelo mundo.
A atenção do jornalista
concentra-se, sobretudo, na África, que é descrita como "uma realidade dividida em
duas partes: ao norte, a presença do Islã, enquanto o sul é caracterizado pelas religiões
tradicionais, com suas características animistas e tribais, e marcado pela pobreza,
subdesenvolvimento e exploração, além da pandemia da AIDS.
A realidade católica
nesse contexto passou de dois milhões de católicos, em 1900, a mais de 130 milhões
no ano 2000, a mais rápida expansão num único continente, em toda a história da Igreja.
Essa mesma África é também o território onde a Igreja deve enfrentar dois grandes
desafios: o crescimento do Islã e a difusão das seitas.
Na Europa, por outro
lado, o inimigo número um é a secularização da sociedade. O continente, na verdade,
tornou-se "terra de missão". Reiteradas vezes, o papa atribuiu tal situação ao abandono
das raízes cristãs, e a legislações consideradas anticristãs, no que diz respeito
à família e à bioética. (JK)