2007-01-03 12:42:45

Acolher Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem: Bento XVI, na audiência geral


(03/01/2007) “É à luz do Natal que se manifesta a cada um de nós a infinita bondade de Deus, Em Jesus, o Pai celeste… tornou-nos filhos, no seu próprio Filho”.- recordou o Papa. Em todo o caso, a alegria do Natal não nos faz esquecer… o poder das trevas… o drama da rejeição de Cristo, que também hoje em dia se manifesta de tantas diversas maneiras”.
“Vindo ao mundo, Jesus derramou com abundância entre os homens dons de bondade, misericórdia e amor. Como que interpretando os sentimentos dos homens de todos os tempos, o apóstolo João observa: “Que grande amor nos deu o Pai para sermos chamados filhos de Deus… E somo-lo realmente!”
“Pertencemos verdadeiramente à família que tem Deus como Pai, porque Jesus, o Filho Unigénito, veio colocar a sua tenda no meio de nós, para congregar todas as gentes numa única família, num só povo. Veio para nos revelar o autêntico rosto do Pai e para tornar mais próximas a nós e à terra as realidades celestes”
“No Natal ressoa no mundo inteiro um anúncio simples e deslumbrante: “Deus ama-nos”. “Nós amamos – diz S. João – porque Ele nos amou primeiro”… O clima espiritual do tempo natalício ajuda-nos a crescer nesta consciência.”
“A alegria do Natal não nos faz, contudo, esquecer o mistério do mal (mysterium iniquitatis), o poder das trevas que tenta obscurecer o esplendor da luz divina. No prólogo do seu Evangelho… escreve o apóstolo João: “A luz resplendece nas trevas, mas as trevas não a acolheram. É o drama da rejeição de Cristo que, como no passado, se manifesta e se exprime também hoje em tantas diferentes maneiras. Porventura ainda mais subtis e perigosas são as formas da recusa de Deus na época contemporânea: desde a nítida rejeição à indiferença, do ateísmo cientista à apresentação de um Jesus modernizado, ou melhor – pós-modernizado. Um Jesus homem, reduzido a simples ‘mestre de sabedoria’ e privado da sua divindade; ou então um Jesus tão idealizado que parece por vezes um personagem de uma fábula”
“Mas Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não se cansa de propor o seu Evangelho a todos, sabendo que Ele é ‘sinal de contradição, para que se revelem os pensamentos de um grande número’. Também nós, irmãos e irmãos , devemos tomar posição: Qual será a nossa resposta? Como é que O vamos acolher?... Que Maria nos ajude a acolher o Emanuel para que sejamos colaboradores do seu projecto de salvação e testemunhas da alegria que Ele nos dá”.








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