Ban Ki-Moon inicia funções de Secretário Geral da ONU
(01/01/2007) Kofi Annan terminou, ontem, o seu segundo e último mandato como secretário-geral
das Nações Unidas, dando lugar ao sul-coreano Ban Ki-Moon, eleito em Outubro para
dirigir a organização nos próximos cinco anos. Ban Ki-Moon, até há um mês ministro
dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, prestou juramento como novo secretário-geral
a 14 de Dezembro, numa cerimónia presidida pelo presidente da Assembleia Geral da
ONU, Shiekha Haya Rashed al-Khalifa, na presença de diplomatas dos 192 países-membros
da organização. Na ocasião, a Assembleia Geral aprovou, por unanimidade, uma resolução
de gratidão pelo "infatigável trabalho" de Kofi Annan, que discursou em seguida elogiando
as qualidades do seu sucessor, assegurando deixar o cargo "em boas mãos". Na última
conferência de Imprensa como secretário-geral, a 19 de Dezembro, Annan apontou a impossibilidade
de impedir a guerra no Iraque como a sua pior recordação de dez anos à frente da ONU.
Ban Ki-Moon vai liderar uma organização, com um total de nove mil trabalhadores e
um orçamento anual de cinco mil milhões de dólares (3,928 mil milhões de euros), que
atravessa actualmente uma crise de confiança, devido a acusações de corrupção, ineficiência
e desperdício de recursos. Como secretário-geral, Ban vai deparar-se com crescentes
pressões dos principais contribuintes financeiros da organização para iniciar um vasto
programa de reformas, que muitos vêem como uma tentativa dos países ricos de retirarem
à Assembleia Geral os seus já poucos poderes.