IGREJA VOLTA A CONDENAR VENDAS DE RELÍQUIAS DE JOÃO PAULO II
Roma, 20 dez (RV) - A revista mensal da postulação da causa de beatificação
e canonização de João Paulo II voltou a condenar, em sua edição deste mês, a venda
de relíquias do papa polonês nos arredores do Vaticano e na Internet.
"O problema
da venda de relíquias é muito difundido na Internet. Creio que isso seja um verdadeiro
sacrilégio" _ disse Mons. Marco Frisina, diretor do Secretariado de Liturgia para
o Vicariato de Roma.
Numa entrevista à revista "Totus Tuus", Mons. Frisina
ressaltou que as relíquias "sempre foram colocadas sob o altar das igrejas, para que,
no altar em que se celebra a Eucaristia, fique o testemunho vivo dos que se uniram
ao sacrifício de Cristo com a própria vida". Nesse sentido, "não se pode comprar ou
vender relíquias de qualquer gênero, porque são coisas sagradas e não têm preço".
Continua,
no entanto, o processo de beatificação de João Paulo II, depois de terem sido recolhidos
testemunhos em Roma e em Cracóvia.
Devem-se levar em conta os esforços da "Comissão
Histórica" que analisou os escritos editados por Karol Wojtyla, bem como a documentação
manuscrita e escritos inéditos, como textos de conferências ou esboços de discursos.
Posteriormente, se inicia outra fase, na Santa Sé: na Congregação das Causas dos Santos,
teólogos, médicos e historiadores irão analisar os dados recolhidos.
O processo
de beatificação de João Paulo II começou oficialmente em 28 de junho do ano passado,
por decisão de Bento XVI, dispensando assim, o período de cinco anos após a morte,
como estabelecido pelo Código de Direito Canônico.
Entretanto, "um apelo à
clareza" subscrito por um grupo de teólogos críticos foi enviado ao tribunal eclesial
do Vicariato de Roma, com o objetivo de lançar luz sobre o que dizem serem aspectos
negativos do pontificado de Karol Wojtyla _ referiu a agência de notícias ADISTA.
(MJ)