2006-12-18 17:15:09

PAPA RECORDA NO ANGELUS, AQUELES QUE SOFREM EM VIRTUDE DAS GUERRAS


Cidade do Vaticano, 17 dez (RV) - Bento XVI lembrou hoje _ terceiro domingo do Advento _ as pessoas que vivem o "drama da guerra" no Oriente Médio, em algumas áreas da África e em outras partes do mundo, e questionou a "alegria que podem viver" por ocasião do Natal que se aproxima. O Santo Padre lançou um apelo em favor dos refugiados iraquianos na Síria, e pediu renovados esforços, para que possam ser satisfeitas suas necessidades mais urgentes.

"O meu pensamento se volta, hoje, às centenas de milhares de iraquianos na Síria, obrigados a deixar o próprio país, em virtude da dramática situação que ali se vive" _ disse o papa, concluindo o encontro com os fiéis, na Praça São Pedro, para a habitual oração mariana do Angelus, que o pontífice reza, da janela de seus aposentos.

Em favor desses refugiados, a Caritas da Síria já está atuando _ acrescentou o papa, insistindo, todavia, junto à "sensibilidade privada, às organizações internacionais e aos governos" para que se façam renovados "esforços para fazer frente às necessidades mais urgentes" dessas pessoas. Elevo ao Senhor _ disse o Santo Padre _ a minha oração, para que dê conforto a esses irmãos e irmãs, e faça nascer a generosidade nos corações de tantos.

Dados das Nações Unidas indicam que, desde que as tropas multinacionais invadiram o país, em março de 2003, cerca de 1 milhão e 660 mil pessoas fugiram do Iraque e se encontram em outros países da região, principalmente na Jordânia, na Síria e no Irã.

Na alocução que antecedeu a oração mariana do Angelus, o papa sublinhou que, neste terceiro domingo do tempo do Advento, a liturgia nos convida à "alegria do espírito", que não "está reservada" apenas aos cristãos, mas é "um anúncio profético destinado a toda a humanidade _ ressaltou _ de modo particular aos mais pobres, neste caso, aos mais pobres de alegria".

"Pensemos _ convidou Bento XVI _ nos nossos irmãos e irmãs que, de modo particular no Oriente Médio, em algumas áreas da África0 e em outras parte do mundo, vivem o drama da guerra: que alegria podem experimentar neste período? Pensemos também nos tantos doentes e pessoas sós, que, além de serem provadas fisicamente, o são também na alma, porque, freqüentemente, se sentem abandonadas... Como compartilhar com eles a alegria, sem faltar com o devido respeito ao seu sofrimento?"

O papa também se referiu aos que "perderam o sentido da verdadeira alegria", especialmente os jovens, e o buscam, "em vão, onde não podem encontrá-lo": no consumismo, nas "falsas diversões", "nos paraísos artificiais da droga e em todas as formas de alienação".

Bento XVI ressaltou que é "precisamente" aos "feridos pela vida e aos órfãos de alegria" que se dirige, "de maneira privilegiada a palavra do Senhor".

O convite à alegria "não é uma mensagem alienadora, nem um paliativo estéril, mas sim a profecia da salvação, um chamado a um resgate que parte da renovação interior" _ acrescentou o pontífice.

Ao término da oração mariana do Angelus, neste tempo litúrgico que antecede o Natal _ um tempo repleto de significado e de apelos à nossa conversão interior _ o papa concedeu a todos a sua bênção apostólica. (AF)








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