2006-12-15 17:58:00

PAPA RECEBE CREDENCIAIS DE NOVOS EMBAIXADORES JUNTO À SANTA SÉ E PEDE JUSTIÇA E PAZ PARA O MUNDO


Cidade do Vaticano, 14 dez (RV) - O Santo Padre lançou hoje, um novo apelo em favor da paz, na conclusão de um ano ensangüentado por tantas guerras. E o fez ao receber em audiência, os novos embaixadores da Síria, Dinamarca, Quirguistão, Moçambique, Uganda e Lesoto junto à Santa Sé, para a apresentação de suas credenciais.

O papa invocou paz e justiça para o mundo inteiro. Também este ano _ ressaltou ele _ "numerosos conflitos" transtornaram os vários continentes, ao mesmo tempo em que "os focos de tensão... não cessam de crescer, em detrimento das populações locais, causando grande número de vítimas inocentes".

É uma situação _ afirmou Bento XVI _ "que pode colocar em perigo a sobrevivência de algumas populações, e pesa sobre os mais pobres o fardo do sofrimento e da falta dos bens mais essenciais".

O pontífice convidou os responsáveis pelas nações a "se colocarem sempre mais, à escuta de seus povos", e a colocarem no centro de suas ações, o serviço ao bem comum, seguindo políticas de solidariedade, de justa distribuição das riquezas e de luta contra a corrupção.

As injustiças _ de fato _ causam conflitos e violências. O Santo Padre exortou os responsáveis à "indispensável virtude" da "coragem", para "não se deixarem conduzir por ideologias facciosas, nem por grupos de pressão e tampouco pelo desejo de poder".

Dirigindo-se em particular ao embaixador sírio, Makram Obeid, Bento XVI recordou seus repetidos apelos "por um cessar das violências no Líbano, Terra Santa e Iraque", que ameaçam "a paz e a estabilidade em todo o Oriente Médio". O papa, junto a toda a comunidade mundial, olha "com grande tristeza para o ciclo de morte e destruição" que envolve tantos inocentes, vítimas de assassinatos e seqüestros, e reitera que a solução é possível somente "no quadro do Direito Internacional, através da aplicação das resoluções da ONU".

Na saudação que dirigiu ao novo embaixador dinamarquês, Lars Moller, o pontífice louvou a contribuição da Dinamarca para a difusão da justiça e da reconciliação nos vários continentes. Ao mesmo tempo, fez votos de que a sociedade dinamarquesa possa construir o próprio futuro a partir das próprias raízes cristãs.

Ao embaixador do Quirguistão, Maratbek Mabiev, o papa manifestou seu apreço pelos passos feitos, naquele país, "voltados para a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos e para a promoção dos métodos democráticos", e fez votos de que "esse processo não pare, mas possa ser reforçado".

A presença de três novos embaixadores de Estados africanos permitiu que Bento XVI se detivesse sobre algumas emergências do continente _ pobreza, falta de instrução e difusão da AIDS _ mas também sobre o caminho adotado por essas nações, para lançar as bases de um futuro melhor.

O papa ressaltou os "muitos benefícios" que a colaboração entre Igreja e instituições nacionais ofereceram, até hoje, em Uganda, nos setores da formação cultural e humana, e na luta contra a AIDS.

Bento XVI garantiu análoga atenção a essa chaga, por parte da Igreja em Lesoto, pequeno reino localizado no sul da África, que recentemente celebrou os 40 anos de sua independência. O pontífice reconheceu a "gravidade dos desafios apresentados pela pobreza e pela escassez de alimento", além da grande difusão do vírus HIV que _ disse dirigindo-se ao embaixador Makase Nyaphisi, de 54 anos _ "causou indizíveis sofrimentos ao povo de seu país".

Se a chaga da AIDS evoca, como meio de proteção, o valor da fidelidade no matrimônio, e a abstinência, a família _ em sentido amplo _ deve ser sempre defendida das novas tendências que, advertiu o papa, "tendem esvaziar o matrimônio de seu conteúdo" também num continente que sempre o teve como base da própria cultura _ disse o Santo Padre a Carlos dos Santos, de 45 anos, novo embaixador de Moçambique junto à Santa Sé. (RL)







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