2006-12-15 19:25:37

ANISTIA INTERNACIONAL: COM A MORTE DE PINOCHET NÃO ACABA A HISTÓRIA


Londres, 15 dez (RV) – A Anistia Internacional pediu, nesta quinta-feira, 14 de dezembro, às autoridades chilenas, que a recente morte de Augusto Pinochet não seja utilizada como desculpa para atrasar, ainda mais, os processos legais que continuam em andamento contra outros acusados de tortura, "desaparecimentos" e homicídios, durante seu regime.

Entre os acusados de graves violações dos direitos humanos, a Anistia Internacional publicou os nomes de 20 oficiais de alta patente, do exército chileno, cujos julgamentos ainda não realizaram, mesmo passados 20 anos.

"Augusto Pinochet foi o cérebro dos abusos contra os direitos humanos perpetrados no Chile, mas há sólidos indícios de que esses vinte homens estiveram diretamente implicados em crimes como o "desaparecimento", a tortura ou o homicídio de milhares de pessoas no Chile, e no contexto de operações militares em toda a América Latina", disse Virginia Shoppee, investigadora da Anistia Internacional, para o Chile.

"O sistema judicial chileno não castigou Pinochet pelas graves violações dos direitos humanos perpetradas durante seu regime. Agora há uma segunda oportunidade de fazer justiça às vítimas."

A Anistia Internacional exige que todos os obstáculos à Justiça, especialmente a Lei de Anistia (decreto-lei 2.191), promulgada durante o regime de Augusto Pinochet, sejam anulados.

"Esses crimes não podem ficar sem castigo, nem amparados pela aplicação da Lei de Anistia, que os tribunais utilizaram com demasiada benevolência e freqüência" _ disse Virginia Shoppee. (MZ)







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