CRISTÃOS TORTURADOS E IGREJA FECHADA À FORÇA NA CHINA
Qingshuihe, 12 dez (RV) - Após 32 dias de cárcere, quatro cristãos foram postos
em liberdade no último dia 26 de novembro. Eles são membros da Igreja Católica "clandestina"
(porque fiel ao papa e à Igreja de Roma) na província setentrional de Xinjiang. Durante
sua detenção, foram torturados pelos policiais e pelos companheiros de cela.
No
mesmo dia, o Departamento de Assuntos Religiosos de Pequim fechou à força uma igreja
doméstica em Anhui, fundada há 53 anos, pelo carismático pastor Wang. Além do mais,
o mesmo departamento ameaçou os cerca de 200 cristãos que a freqüentam, de "sérias
conseqüências" se não aceitarem o controle do Movimento das Três Autonomias, aprovado
pelo governo.
A denúncia procede da Associação de Ajuda à China (China Aid
Association - CAA), organização não-governamental com sede nos Estados Unidos, que
trabalha pela liberdade religiosa na China.
A associação explica que "sem dar
motivo algum para a prisão ou para a libertação", as autoridades da província de Xinjiang
libertaram todos os cristãos presos no mês passado em Qingshuihe, na parte oriental
da província.
Desses, quatro permaneceram presos durante 32 dias, sem nenhuma
acusação formal. Agora estão no hospital. Um deles conta que foi "torturado todos
os dias". "Os guardas me espancavam se eu comia, se deixava de comer, se ia ao banheiro
ou se dormia; espancaram-me sempre, sem nenhum motivo" _ denunciou.
Outro,
Tan, diz que foi preso e colocado junto a um grupo de homossexuais: "Os guardas me
colocaram ali dentro de propósito. Fui humilhado fisicamente e psicologicamente. Se
não me colocassem em liberdade, já estaria morto." (MZ)