CARDEAL BARRAGÁN: A IGREJA NÃO APÓIA ACIRRAMENTO TERAPÊUTICO NEM EUTANÁSIA
Roma, 12 dez (RV) - O presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os
Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, recordou que, para a Igreja Católica,
é inaceitável o chamado "acirramento terapêutico", e assegurou que o desafio está
em distinguir esses casos extremos, dos pedidos de eutanásia.
Em declarações
ao jornal italiano "La Repubblica", o purpurado se referiu à iniciativa do governo
italiano, de pedir a opinião de uma equipe de peritos sobre o caso de Piergiorgio
Welby, um italiano que sofre de distrofia muscular progressiva e, há vários meses,
vem pedindo o desligamento do aparelho que lhe permite respirar.
"É justo que
sobre esse dramático caso, os especialistas se manifestem, para que possamos saber
se se trata de acirramento terapêutico ou de um pedido de eutanásia" _ afirmou o Cardeal
Barragán.
O purpurado reiterou ainda, que "a Igreja nunca poderá aceitar o
acirramento terapêutico, uma prática inaceitável porque comporta o uso de meios desproporcionais,
absolutamente inúteis, para o tratamento de um enfermo terminal".
No entanto,
indicou que o problema está em "reconhecer se existe de fato um caso de acirramento
terapêutico". (MZ)