2006-12-13 19:27:38

"A PESSOA HUMANA, CORAÇÃO DA PAZ": APRESENTADA ESTA MANHÃ A MENSAGEM DO PAPA PARA O DIA MUNDIAL DA PAZ-2007


Cidade do Vaticano, 12 dez (RV) - "A pessoa humana, coração da paz": é o tema da mensagem do papa para o Dia Mundial da Paz-2007, apresentada esta manhã, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo presidente e pelo secretário do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", respectivamente, Cardeal Renato Raffaele Martino, e Dom Giampaolo Crepaldi.

O pontífice explica ter escolhido o tema da mensagem pensando, particularmente, nas crianças, "cujo futuro é comprometido pela exploração e maldade dos adultos sem escrúpulos": somente "respeitando a pessoa _ escreve _ se promove a paz". O Santo Padre recorda que a dignidade do homem deriva do fato de ter sido criado à imagem e semelhança de Deus: o homem, portanto, "não é somente algo, mas alguém".

"A paz _ precisa _ é dom de Deus", mas é também "uma tarefa" do homem, "um compromisso que não tem pausa". A paz, de fato, "se manifesta tanto na criação de um universo ordenado e harmonioso como também na redenção da humanidade necessitada de ser recuperada da desordem do pecado". Existe, portanto, uma ordem no mundo que não é "irracional ou desprovida de sentido", porque "na origem está o Verbo eterno, a Razão e não a Irracionalidade".

"A paz _ prossegue o pontífice _ precisa que se estabeleça" com clareza "aquele patrimônio de valores que é próprio do homem enquanto tal". De fato, "é no respeito pelos direitos de todos que se fundamenta a paz". A Igreja, que "se faz paladina dos direitos fundamentais de toda pessoa", em particular "reivindica o respeito pela vida e pela liberdade religiosa de cada um. O respeito pelo direito à vida em todas as suas fases estabelece um ponto firme de decisiva importância: a vida é um dom do qual o sujeito não tem completa disponibilidade".

O papa denuncia "o massacre" que se faz hoje do direito à vida: junto às vítimas dos conflitos, do terrorismo e da violência "estão as mortes silenciosas provocadas pela fome, pelo aborto, pela experimentação feita com embriões e pela eutanásia".

No texto de sua mensagem, Bento XVI aborda a questão da liberdade religiosa e das tantas desigualdades ainda presentes neste nosso mundo, sobretudo no que tange ao "acesso aos bens essenciais como a alimentação, a água, a casa, a saúde". Injustiças que atingem particularmente a África. São ameaça à paz "as persistentes desigualdades entre homem e mulher no exercício dos direitos humanos fundamentais": o Papa denuncia a exploração das mulheres e as "visões antropológicas persistentes em algumas culturas, que reservam à mulher uma colocação fortemente submissa ao arbítrio do homem".

No caminho rumo à paz _ afirma Bento XVI _ há uma estreita ligação entre ecologia da natureza e ecologia humana, isto é, entre respeito pelo ambiente e respeito pela estrutura natural e moral do homem. "A destruição do ambiente _ lemos na mensagem pontifícia _ com um seu uso impróprio ou egoísta e a apropriação violenta dos recursos da terra geram dilacerações, conflitos e guerras, justamente porque são fruto de um conceito desumano de desenvolvimento."

Para o pontífice, é necessário superar as "visões redutivas do homem", os "preconceitos ideológicos e culturais", os "interesses políticos e econômicos" e aquelas "inaceitáveis" concepções de Deus que incitam ao ódio e à violência. O Pontífice reafirma com clareza: "uma guerra em nome de Deus jamais é aceitável!"

Bento XVI denuncia mais uma vez "a chaga do terrorismo" e, ao mesmo tempo, ressalta a necessidade de que a comunidade internacional crie "regras mais claras, capazes de contrastar eficazmente a dramática deriva que estamos assistindo. A guerra representa sempre um insucesso para a comunidade internacional e uma grave perda de humanidade"

Concluindo, o papa exorta todo cristãos a sentir-se "comprometido a ser incansável agente de paz e firme defensor da dignidade da pessoa humana e de seus inalienáveis direitos" testemunhando, segundo o que revelou Jesus, "que Deus é amor e que a maior vocação de toda pessoa é o amor". (RL)








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