Sarcófago do Apóstolo Paulo poderá ser aberto: a hipotese está a ser estudada
(11/12/2006) A Santa Sé anunciou esta segunda feira que está a estudar a hipótese
de abrir o sarcófago de São Paulo, conservado na Basílica romana de São Paulo fora
de muros. Numa conferência de imprensa promovida no Vaticano, para explicar os
trabalhos de extracção e análise do sarcófago, o Arcipreste da referida Basílica,
Cardeal Andrea di Montezemolo, referiu que o mesmo “nunca foi aberto nem explorado”,
em parte devido ao facto de ter sido revestido por um bloco de betão algures entre
1838 e 1840. A sua exploração poderá acontecer, desde que sejam dadas as devidas autorizações
por parte do Papa, satisfazendo assim a curiosidade de quantos se interrogam sobre
se, no seu interior, estarão os restos mortais do Apóstolo. Sempre existiu, até
hoje, um acordo total sobre a localização do túmulo de São Paulo na Basílica romana
que leva o seu nome, mas a identificação do sarcófago originário permanecia em aberto.
O arqueólogo dos Museos Vaticanos, o italiano Giorgio Filippi, foi o responsável pela
descoberta do sarcófago ou um “contentor de relíquias”. Os responsáveis vaticanos
asseguram que o sarcófago era considerado, já em 390, como o de São Paulo. Já no fim
do século II, o presbítero romano Gaio, citado por Eusébio, assinalava a existência
do “tropaion” erguido como testemunho do martírio de Paulo.