2006-12-07 11:52:35

Bento XVI dá graças a Deus pelo êxito da viagem apostólica à Turquia


O Papa fez votos de que “a Turquia possa ser uma ponte de amizade e de colaboração fraterna entre o Ocidente e o Oriente. E elevou uma oração a Deus para que “ajude o povo turco, os seus governantes, os representantes das diversas religiões – a construírem conjuntamente um futuro de paz”.

Participaram nesta audiência geral mais de quinze mil peregrinos, em dois diferentes momentos e lugares: primeiro, na basílica de São Pedro, e depois na Aula Paulo VI. Na primeira destas audiências, o Papa acolheu os peregrinos italianos da região do Lácio, cujos bispos têm estado a realizar a sua quinquenal visita “ad limina Apostolorum” – ao Santo Padre e aos diversos organismos da Cúria Romana. O Papa encorajou-os a prosseguirem “uma corajosa acção evangelizadora”, observando que é “tarefa primária da evangelização indicar em Cristo Jesus o Salvador de cada homem”. “Não vos canseis de vos confiar a Ele e de O anunciardes com a vossa vida em família e em todos os ambientes” – exortou Bento XVI, dirigindo-se aos fiéis católicos do Lácio. “É isto o que os homens esperam da Igreja” – recordou.


Baseando-se na “visão que o Concílio Vaticano II apresenta da Igreja”, Bento XVI sublinhou que “também as viagens pastorais do Papa contribuem a realizar a sua missão, que se desdobra em círculos concêntricos: “No círculo interno, o sucessor de Pedro confirma na fé os católicos, naquele intermédio, encontra outros cristãos; naquele externo, dirige-se aos não-cristãos e a toda a humanidade”.
O Papa fez notar que a sua primeira jornada na Turquia, em Ankara, decorreu precisamente no âmbito deste terceiro círculo: os encontros com o primeiro-ministro, com o presidente da república e com o presidente para as questões religiosas, a homenagem ao mausoléu do Pai da Pátria Atartuk, e o encontro com o Corpo Diplomático, na Nunciatura Apostólica.
“Neste país de maioria muçulmana dotado de uma constituição moderna que afirma a laicidade do Estado, insisti sobre a importância de um empenho comum dos cristãos e dos muçulmanos a favor do homem, da vida, da justiça e da paz. A distinção entre a sociedade civil e as comunidades religiosas constitui um valor, e o Estado deve assegurar a cada cidadão liberdade de consciência e uma liberdade de culto, efectivas.
“No âmbito do diálogo inter-religioso – afirmou textualmente o Papa, exprimindo-se em espanhol - ao visitar a Mesquita Azul, de Istambul, dirigi-me silenciosamente ao único Senhor, Pai misericordioso de toda a humanidade”
Referindo-se aos encontros ecuménicos, nomeadamente com o Patriarca Bartolomeu I, Bento XVI referiu com apreço que estes “serviram para consolidar as relações fraternas com os ortodoxos”. Nomeadamente no caso da Declaração Conjunta assinada com o Patriarca Ortodoxo. “A assinatura conjunta de uma declaração comum e a solene liturgia da festa de Santo André confirmaram o compromisso recíproco, assente na oração e na invocação do Espírito Santo, a prosseguir no caminho para o restabelecimento da plena comunhão entre católicos e ortodoxos”.
Finalmente – no círculo mais interno, o encontro com a comunidade católica, tanto em Éfeso como também, no dia da partida, em Istambul, na Santa Missa celebrada na catedral latina do Espírito Santo, com a presença do Patriarca Ecuménico, do Patriarca Arménio, do Metropolita Siro-Ortodoxo e de representantes das Igrejas Protestantes. “Estavam reunidos em oração – observou o Papa – todos os cristãos, na diversidade das tradições, dos ritos e das línguas. “Confortados pela Palavra de Cristo, que promete aos crentes rios de água viva, e pela imagem dos muitos membros unidos no único corpo, vivemos a experiência de um renovado Pentecostes.
Concluindo a sua alocução, nesta audiência geral, o Papa referiu com apreço e afecto ao povo turco e à nação turca, que tão bem o acolheram. “Regressei aqui ao Vaticano com o espírito pleno de gratidão para com Deus e com sentimentos de sincero afecto e estima pelos habitantes da amada nação turca, dos quais me senti acolhido e compreendido. A simpatia e a cordialidade de que me rodearam, não obstante as inevitáveis dificuldades que a minha visita provocou ao decorrer normal da sua actividades, permanecem como uma viva recordação que me leva à oração. Que o Deus omnipotente e misericordioso ajude o povo turco, os seus governantes e os representantes das diversas religiões, a construírem conjuntamente um futuro de paz, de tal modo que a Turquia possa ser uma ponte de amizade e de colaboração fraterna entre o Ocidente e o Oriente."










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