UNIVERSIDADE URBANIANA CELEBRA 500 ANOS DO NASCIMENTO DE SÃO FRANCISCO XAVIER
Cidade do Vaticano, 06 dez (RV) – O prefeito da Congregação para a Evangelização
dos Povos, Cardeal Ivan Dias, presidiu, na manhã desta terça-feira, na Pontifícia
Universidade Urbaniana, de Roma, às celebrações pelos 500 anos de nascimento de São
Francisco Xavier, padroeiro das missões.
O Cardeal Dias, que é grão-chanceler
da Universidade Urbaniana, deu as boas-vindas a todos os presentes, manifestando-se
comovido, porque _ disse ele _ "sou filho espiritual de São Francisco Xavier". O cardeal
recordou que o santo padroeiro das missões batizou seus ancestrais em Goa, na Índia.
"Estamos
aqui, para captar um pouco do zelo desse grande missionário _ disse o Cardeal Dias
_ que por dez anos foi incansável, no difundir o belo perfume de Jesus Cristo na Índia,
passando pelas Molucas até o Japão. Foi depois para a China, e morreu antes de chegar.
Acredito que a evangelização da China tenha sido a sinfonia incompleta de São Francisco
Xavier, a partitura que ele não pôde completar, e que foi, em seguida, terminada por
ilustres missionários, a começar por Matteo Ricci. Esperamos e rezamos para que essa
sinfonia incompleta possa ser terminada o mais breve possível."
O reitor da
Pontifícia Universidade Urbaniana, Mons. Ambrogio Spreafico, ressaltou também que
"uma Universidade missionária, como a Urbaniana, não podia deixar passar este evento
sem uma reflexão apropriada". Em especial, Mons. Spreafico evidenciou o zelo apostólico
de São Francisco Xavier: "Percorreu o Oriente, desde a Índia ao Japão, até chegar
às portas da China. Em pouco mais de dez anos, Xavier percorreu mais de cinqüenta
mil quilômetros. Ele tentou o encontro com todos. Usando a linguagem paulina, pode-se
dizer que "se fez tudo a todos, a fim de conquistar alguém". É este zelo missionário
que se deve recuperar, em tempos em que parece estar desaparecendo."
Também
o cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone, proferiu uma conferência intitulada
"Comunicar a fé: a missão da Igreja no tempo de Francisco Xavier e nos nossos tempos",
na qual destacou que "a obra mais extraordinária realizada pela Companhia de Jesus
em sua história plurissecular, é a obra missionária". (MZ)