ARCEBISPO DE HUAMBO DEFENDE REFORÇO DE EDUCAÇÃO PARA A DEMOCRACIA
Huambo, 02 dez (RV) - O arcebispo do Huambo, Angola, Dom José de Queirós Alves,
considerou que justiça, tolerância, transparência, participação, responsabilidade
e civismo devem ter sentido e conteúdo concretos, pois pontificam um sistema social
que ajuda a classificar um país livre.
Em pronunciamento no encerramento da
conferência provincial dedicada ao "Papel das eleições na promoção da democracia,
da paz e da reconciliação nacional", na última quarta-feira, o prelado defendeu a
necessidade de reforçar a educação para a democracia e a cidadania, visando expor
claramente, todos os elementos que intervêm neste processo.
"É importante que
o governo e os partidos políticos se abram verdadeiramente, façam jogo limpo e saibam
que os projetos de sociedade e os atributos de governo é que devem levar o povo a
optar, e não motivações obscuras" _ sublinhou o prelado.
O arcebispo acrescentou
ainda, que toda a sociedade civil deve fazer parte desse processo, e colaborar para
que Angola possa, pela primeira vez em sua história, optar pelo bem de seu povo e
do próprio governo.
Dom José de Queirós Alves reconheceu, por outro lado, os
esforços empreendidos pelo governo angolano, para levar a termo o processo eleitoral,
solicitando a participação do povo nas eleições, por ser um ato cívico e patriótico.
Durante
a conferência, que durou dois dias, foram abordados temas ligados ao papel dos partidos
políticos na promoção de eleições livres e justas, e no fortalecimento da paz e reconciliação
nacional.
O papel da sociedade civil, das Igrejas, autoridades tradicionais
e dos profissionais da comunicação social no processo eleitoral, e o desarmamento
da população civil na promoção de um clima adequado para a realização de eleições
em Angola completaram os pontos agendados para esse encontro promovido pelo Instituto
Eleitoral da África Austral, em colaboração com o governo local.
A conferência
reuniu deputados da Assembléia Nacional, membros do governo local, da comissão provincial
eleitoral, entidades religiosas, autoridades e jornalistas. (MZ)