2006-12-01 19:00:20

PAPA ENCERRA SUA VISITA À TURQUIA ESPERANDO TER CONTRIBUÍDO PARA A PAZ E RENCONCILIAÇÃO ENTRE CATÓLICOS, ORTODOXOS E MUÇULMANOS


Cidade do Vaticano, 1º dez (RV) - Por volta das 14h20 de Roma, aterrissou no aeroporto romano de Ciampino, o Boeing da Turkish Airlines, trazendo a bordo o papa e sua comitiva, de retorno da viagem apostólica à Turquia. Depois de ter recebido as boas-vindas por parte do Cardeal-vigário para a Diocese de Roma, Camillo Ruini, e do premier italiano, Romano Prodi, o papa retornou ao Vaticano de helicóptero.

A última imagem do pontífice em terras turcas é desta manhã, quando, pouco antes da partida para Roma, Bento XVI foi saudado com visível cordialidade, numa pequena sala do aeroporto de Istambul, pelos bispos turcos, pelas autoridades locais, pelo patriarca ecumênico, Bartolomeu I, e pelos outros chefes das Igrejas ortodoxas.

No tradicional telegrama de saudação aos chefes de Estado e de Governo dos países sobrevoados durante o vôo de retorno, o Santo Padre deixa transparecer sua alegria pelo bom êxito da viagem. Na mensagem ao Presidente italiano, Giorgio Napolitano, o papa diz: "Agradeço a Deus por esta renovada experiência de comunhão eclesial."

O último evento da visita foi a celebração da santa missa na pequena igreja do Espírito Santo de Istambul, circundado por uma multidão afetuosa.

Antes de deixar Istambul, no aeroporto, o papa manteve um colóquio informal com o governador local, Muammer Guler, ao qual fez questão de reiterar que, para o pastor da Igreja Católica, o diálogo é um dever: "Agradeço ao Senhor, por ter podido dar um sinal deste diálogo e, desse modo, contribuir para a melhor compreensão entre as religiões e as culturas, e especialmente também do Islã por parte dos cristãos."

Na santa missa desta manhã, Bento XVI recordou, com as palavras de São Paulo, que "o Espírito é a fonte permanente da nossa fé e da nossa unidade". O Santo Padre acrescentou que isso significa que não devemos viver somente para nós mesmos, mas tornar-nos, como Jesus, servidores dos próprios irmãos.

"A missão da Igreja não consiste em defender poderes, nem obter riquezas; a sua missão é a de doar Cristo, de participar da Vida de Cristo, o bem mais precioso do homem que o próprio Deus nos dá em Seu Filho."

Durante a celebração, foram marcantes os coros nas línguas armênia, síria e caldéia, que junto aos cantos latinos, acompanharam a liturgia; entre os coristas, encontrava-se também um grupo de jovens refugiadas do Iraque, que, com as suas famílias, são hóspedes da Caritas-Turquia.

Após ter saudado os patriarcas ecumênico, Bartolomeu I, e armênio-apostólico, Mesrob II, presentes na catedral, Bento XVI recordou que a perspectiva ecumênica permanece em primeiro lugar em suas preocupações eclesiais, e convidou toda a Igreja, também na Turquia, a atuar incessantemente no caminho que conduz à unidade e em vista do bem de todos.

Concluindo, agradeceu à comunidade turca, assim como às autoridades civis e políticas, o caloroso acolhimento. Aos cidadãos de Istambul, deixou a seguinte incumbência: "Vocês sabem muito bem que a Igreja não quer impor nada a ninguém, e que pede simplesmente, poder viver livremente, para revelar Aquele que ela não pode esconder _ Cristo Jesus _ que nos amou até o fim na Cruz e que nos deu o Seu Espírito, presença viva de Deus em nosso meio e no mais profundo de nós mesmos. Sejam sempre abertos ao Espírito de Cristo e, portanto, atentos àqueles que têm sede de justiça, de paz, de dignidade, e de consideração por si mesmos e por seus irmãos." (RL)







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