(1/12/2006) A responsabilidade exige que cada presidente ou primeiro-ministro, cada
parlamentar e político, decida e declare 'A sida é um problema meu". O apelo do secretário-geral
das Nações Unidas, Kofi Annan, visa assinalar o Dia Mundial de Luta contra a doença
que hoje se comemora e nasce da constatação do contínuo aumento do número de infecções
apesar dos esforços no combate à sida.Também a assinalar a efeméride, a fundação do
ex-presidente americano Bill Clinton anunciou ontem um acordo com dois laboratórios
farmacêuticos indianos para baixar em 45% o preço dos medicamentos pediátricos contra
a sida. A iniciativa decorre do facto de, apesar dos progressos no tratamento de adultos,
as crianças terem sido "esquecidas". Apenas 10% das infectadas têm acesso ao tratamento.Do
seu lado, o Parlamento Europeu aproveita a data para exortar a Comissão Europeia a
aumentar para mil milhões de euros a sua contribuição para o Fundo Mundial de Luta
Contra a Sida, a Tuberculose e o Paludismo. Os eurodeputados pedem ainda que os membros
da UE e do G8 façam subir as doações para o programa da ONU de luta contra a sida
para sete mil milhões em 2007 e oito mil milhões em 2008. E lembram, em jeito de justificação,
que mais de 95% dos cerca de 40 milhões de portadores do VIH/sida vivem em países
em desenvolvimento. E dos que, de entre esses, necessitam de tratamento, apenas 24%
têm acesso a ele.