2006-11-29 12:57:51

Em Éfeso Bento XVI pediu paz para a Terra Santa e para o mundo inteiro, e comunhão e concórdia entre todos os cristãos


(29/11/2006 - RV) A viagem de Bento XVI á Turquia teve nesta quarta feira uma segunda etapa. Durante a manhã o Papa deslocou-se a Éfeso onde se encontra um importante santuário mariano e na parte da tarde chegará a Istambul para um primeiro encontro com Bartolomeu I, o Patriarca Ecuménico ortodoxo com o qual assinará nesta quinta feira uma declaração comum.
A actual Turquia carrega consigo a herança de inúmeras variadas civilizações - hitita, macedónica, grega, romana, bizantina, muçulmana e otomana – e pode ser considerada, com justiça, um dos berços do Cristianismo.
Apesar da pequena comunidade católica que ali reside actualmente, Bento XVI não quis deixar de manifestar a sua proximidade, indo, precisamente, a um dos locais mais importantes da memória cristã da Turquia: Éfeso, onde está a “Casa da Mãe de Deus”.
Nesta antiga metrópole na costa turca do mar Egeu existiu um importante centro cristão, logo nos primeiros anos após a morte de Jesus. Os apóstolos João e Paulo viveram em Éfeso e, de acordo com a tradição, também a mãe de Jesus aqui terá vivido os últimos anos da sua vida, antes de morrer, como o próprio Bento XVI fez questão de lembrar.
A “Casa Mãe de Deus” é o lugar da tradição cristã mais importante e foi visitada esta, quarta-feira, pelo Papa. Bento XVI celebrou ali uma Missa ao ar livre, sendo o terceiro Papa a visitar o lugar, depois de Paulo VI e João Paulo II.
Paz para a humanidade inteira, paz para o Médio Oriente. Bento XVI escolheu o santuário da Casa de Maria de Éfeso, meta continua de peregrinação tanto para os cristãos como para os muçulmanos, para invocar a reconciliação entre os povos.
O seu pensamento correu uma vez mais á Terra Santa. Já nesta terça feira, na sede da Nunciatura Apostólica em Ankara, perante o Corpo Diplomático, tinha encorajado soluções negociadas estáveis e duradoiras para pôr termo á instabilidade e á violência.
“ Elevemos ao Senhor uma oração especial pela paz entre os povos. Desta nesga da Península anatólica, ponte natural entre continentes, invoquemos paz e reconciliação antes de mais para aqueles que vivem na Terra que chamamos “santa e que tal é considerada tanto pelos cristãos como pelos judeus e muçulmanos: é a terra de Abraão, de Isaac e de Jacob , destinada a hospedar um povo que se tornasse bênção para todas as gentes .
Paz para a humanidade inteira! Que em breve possa realizar-se a profecia de Isaías: das suas espadas forjarão relhas de arados, e das suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra outra nação, e não se adestrarão mais para a guerra”
Desta paz universal precisamos todos; desta paz a Igreja é chamada a ser não só anunciadora profética, mas ainda mais “sinal e instrumento”. Precisamente nesta perspectiva de pacificação universal, torna-se mais profundo e intenso o desejo veemente da plena comunhão e da concórdia entre todos os cristãos.
Nesta homilia da Missa celebrada em Éfeso Bento XVI citou depois uma passagem da Carta de São Paulo aos Efésios para introduzir uma reflexão sobre a figura de Cristo salvador que veio para anunciar a paz entre todas as nações porque todas provêem do mesmo Deus







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