BENTO XVI RECEBE DIRIGENTES E FUNCIONÁRIOS DOS MUSEUS VATICANOS

Cidade do Vaticano, 24 nov (RV) – Nesta quinta-feira, 23, o Santo Padre recebeu em audiência os diretores e funcionários dos Museus Vaticanos, no contexto da celebração dos 500 anos da sua criação.
 
Os Museus Vaticanos apresentam um entrelaçamento contínuo entre arte e fé. Seus diretores e funcionários, o grupo de funcionários mais numeroso da Cidade do Vaticano _ como ressaltou Bento XVI _ foram recebidos pelo papa num clima de alegria e gratidão. No discurso o Papa recordou que este ano os Museus Vaticanos celebram seu quinto centenário.

Do ponto de vista da mensagem cristã, recai sobre os Museus Vaticanos uma extraordinária responsabilidade, e Bento XVI o recordou com afeto aos funcionários da instituição, ressaltando que entre os tantos visitantes que ali vão todos os anos _ somente este ano já superaram a casa de 4 milhões _, "muitos não são católicos, tantos nem são cristãos e talvez nem mesmo acreditam em Deus".

Pensando nesta realidade, o pontífice falou da responsabilidade de acolher as pessoas, provenientes de todas as partes do mundo, neste grande santuário de arte e de fé.

Em algumas repartições dos Museus é quase palpável _ ressaltou o Papa _ a síntese entre o Evangelho e a Cultura. De fato, os Museus Vaticanos fazem um entrelaçamento contínuo entre cristianismo e cultura, entre fé e arte, entre divino e humano. Nesse sentido, a Capela Sistina é o ápice e o centro de tantas obras artísticas. Assim, o Papa exortou: "Como é importante o tratamento e o exemplo de vocês, além do seu testemunho de fé. Um santuário de arte e de cultura, como os Museus Vaticanos, exige que a beleza das suas obras seja acompanhada pela beleza das pessoas que ali prestam serviço, beleza espiritual e espírito cristão, que tornam o ambiente eclesial."

Concluindo, o Santo Padre, afirmou que trabalhar no Vaticano constitui um maior compromisso para cultivar a própria fé e testemunho cristão. Bento XVI exortou os funcionários e dirigentes dos Museus Vaticanos a formarem uma "pequena Igreja", como a pequena Família de Nazaré.

As comemorações pelos 500 anos dos Museus Vaticanos, inaugurado em 1506 pelo papa Júlio II, culminam com uma exposição da estátua de Laocoonte, uma das esculturas mais célebres da história da arte. A exposição, que documenta a descoberta da escultura, ficará aberta ao público até 28 de fevereiro de 2007. (RL-MT)