2006-11-24 10:24:19

PAPA CONTINUA FALANDO DO APÓSTOLO PAULO E CONDENA ENERGICAMENTE ASSASSINATO DO MINISTRO LIBANÊS, PIERRE GEMAYEL


Cidade do Vaticano, 22 nov (RV) - Um premente apelo a "todos os libaneses a não se deixarem vencer pelo ódio, mas a reforçarem a justiça e a reconciliação" por um futuro de paz. O pensamento particular de Bento XVI, esta manhã, na audiência geral, se dirigiu ao Líbano, ontem transtornado com o assassinato, em Beirute, do Ministro da Indústria, Pierre Gemayel, líder do partido cristão maronita.

Encontravam-se na praça São Pedro cerca de 50 mil fiéis e peregrinos, o dobro do esperado numa manhã de chuva persistente.

"Ao condenar firmemente este brutal atentado, asseguro a minha oração e a minha proximidade espiritual à família em luto e ao amado povo libanês. Diante das forças obscuras que buscam destruir o país, convido todos os libaneses a não se deixarem vencer pelo ódio, mas a reforçarem a unidade nacional, a justiça e a reconciliação, e a trabalharem juntos para construir um futuro de paz. Por fim, convido os responsáveis pelos países que atuam pela sorte daquela região, que contribuam para uma solução global e negociada das diversas situações de injustiça que a caracterizam há tantos anos."

Pouco antes, o Santo Padre havia feito a sua quarta reflexão sobre a figura e o apostolado de Paulo de Tarso. De fato, a catequese do Papa foi retomada partindo da estrada de Damasco, que, para Paulo, foi decisiva na compreensão da ligação que une Jesus à Igreja.

O futuro Apóstolo _ notou o Pontífice _ não se converteu, como se deu com outros, no contato com a primeira comunidade cristã, da qual, aliás, foi um grande perseguidor. Paulo converteu-se por iniciativa direta de Cristo, que, porém, se lhe revelou como "perseguido". "Paulo _ afirmou Bento XVI _ ao mesmo tempo se converteu a Cristo e à Igreja."

"Por esta razão intuiu a original definição da Igreja como Corpo de Cristo, que não encontramos em outros autores cristãos do primeiro século. A raiz mais profunda dessa surpreendente designação da Igreja nós a encontramos no sacramento do Corpo de Cristo. Diz o Apóstolo: 'Como há um só pão, nós, embora sendo muitos, somos um só corpo'."

São Paulo _ prosseguiu Bento XVI _, não amou separadamente as Igrejas de um modo "frio e burocrático", mas "intenso e apaixonado". Ele, que ajudou a fundá-las com sua pregação, as considerava uma "extensão" da "presença pessoal" de Cristo no mundo. Para ele a Igreja é constituída de membros unidos e, ao mesmo tempo, distintos, conduzidos pelo sopro do Espírito Santo.

"Obviamente _ disse o papa _ ressaltar a exigência da unidade não significa defender que se deve uniformizar ou modelar a vida eclesial segundo um único modo de agir. Paulo ensina a não apagar o espírito, isto é, dar generosamente espaço ao dinamismo impressionante das manifestações carismáticas do espírito, que é fonte de energia e de vitalidade sempre nova." (RL)








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