2006-11-24 18:32:31

ENCONTRO DENUNCIA CONDIÇÕES DAS PRISÕES NA ÁFRICA E SUGERE RETOMADA DA PASTORAL CARCERÁRIA


Iaundê, 24 nov (RV) - A Igreja deveria nomear capelães com uma formação adequada para realizar a pastoral carcerária, além de estar mais atenta à realidade carcerária na África. São algumas das conclusões da Conferência Regional da Comissão Internacional para a Pastoral Católica nas Prisões (ICCPPI), realizada recentemente em Limbe, na República dos Camarões.

O documento conclusivo do encontro, publicado há poucos dias, recorda que "os encarcerados ignoram que os seus direitos são constantemente violados sem o menor pudor, vivem em condições inadequadas e deploráveis e a Igreja não deu suficiente atenção ao trabalho pastoral nas prisões".

Os delegados propõe no documento, que para melhorar a situação da pastoral nos cárceres africanos, cada Igreja local deveria nomear um coordenador da pastoral carcerária, além de proporcionar uma adequada formação aos agentes pastorais que trabalham nas prisões. Cada diocese, além disto, deveria dedicar anualmente uma semana à sensibilização do problema das prisões. A Comissão também reiterou seu compromisso de exercer pressão sobre governos africanos para que sejam melhoradas as condições dos cárceres.

Além das péssimas condições das prisões africanas _ o que proporciona o surgimento de doenças como a malária, pneumonia e graves distúrbios intestinais, entre outros _ a lei não impõe limites para as prisões cautelares. Soma-se a isto, o fato que muitas vezes as sentenças não são pronunciadas, possibilitando a soltura somente a quem pode pagar. Os pobres, neste caso, permanecem nas prisões. Também as penas, muitas vezes, são desproporcionais aos crimes cometidos. (JK)








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