BENTO XVI: HISTÓRIA DO MUNDO É UMA SINFONIA COMPOSTA E REGIDA POR DEUS
Cidade do Vaticano, 19 nov (RV) - Bento XVI assistiu na tarde de ontem, sábado,
na Sala Clementina da Residência Apostólica, a um concerto do Quarteto Filarmônico
de Berlim, oferecido pelo Presidente da Alemanha, Horst Koehler.
Foi a quarta
vez que o papa Ratzinger e o presidente alemão, que é protestante, se encontram, desde
a posse de Bento XVI no Vaticano e suas duas viagens à Alemanha, em agosto de 2005,
para o Dia Mundial da Juventude, e em setembro passado, na Baviera. Justamente em
agosto do ano passado, em Bonn, Koehler prometeu ao papa promover este concerto clássico,
bem sabendo de sua paixão pela música.
"Hoje posso finalmente manter a promessa"
_ disse Koehler, sentado com a esposa, Eva, nos lugares de honra, ao lado do papa.
Nas primeiras filas estavam também muitos cardeais: o secretário de Estado, Tarcisio
Bertone, seu predecessor, Angelo Sodano, Roger Etchegaray, Walter Kasper, Achille
Silvestrini e o arcebispo de Colônia, Joachim Meisner.
Após a execução musical,
o papa proferiu o seu discurso:
"Podemos imaginar a história do mundo como
uma maravilhosa sinfonia, composta por Deus, que a conduz pessoalmente, como um sábio
regente. Embora às vezes a partitura nos pareça difícil ou muito complicada, Ele a
conhece de cor, desde a primeira, à última nota. Nós não podemos tomar a batuta de
suas mãos, ou muito menos alterar a melodia a nosso gosto, mas cada um de nós tem
seu lugar e suas capacidades. Somos chamados a colaborar com o grande maestro na execução
de sua magnífica obra de arte. Ao longo de seu andamento, compreendemos o grandioso
projeto da partitura divina".
O programa executado pelo Quarteto Filarmônico
de Berlim, uma das mais prestigiosas orquestras de câmara do mundo, incluiu peças
de Mozart, Mendelssohn-Bartholdy e Hugo Wolff. (CM)