2006-11-15 09:56:03

CONGRESSO DA CARITAS BRASILEIRA TERMINA ÀS MARGENS DO SÃO FRANCISCO


Propriá, 14 nov (RV) - As comemorações do Jubileu da Caritas brasileira terminaram às margens do Rio São Francisco, no município de Propriá, a 98 Km de Aracajú. Além da população de Propriá participaram da romaria, que atravessou toda a cidade, habitantes provenientes de vários lugares, num de total de 2 mil pessoas.

Motivações e desafios para o futuro foram os temas abordados numa reunião por ocasião do Jubileu, a partir dos compromissos eclesiais, ético-políticos, com a ajuda do governo e da rede Caritas.

"A ética dos cristãos está ligada aos valores bíblicos, ao humano, e não à lei" _ destacou Roberto Malvezzi, assessor da Comissão da Pastoral da Terra. Dom Demétrio Valentini, presidente da Caritas brasileira, destacou que a Igreja age em defesa dos pobres, na contramão do sistema opressor. Para ele, "a Caritas deve ajudar a Igreja a cumprir a sua missão".

Elizabeth Jensen, da Caritas Internationalis, definiu o trabalho da entidade como um "trabalho criativo, baseado em alternativas sustentáveis diante do modelo capitalista que produz exclusão".

Domingos Armani, consultor da Caritas, ressaltou que alternativas sustentáveis "não significa apenas captar recursos, mas ter uma visão integrada de desenvolvimento institucional". E concluindo, ressaltou que "é fundamental que a Caritas desenvolva a capacidade de transformar diretrizes e estratégias em ação e vivência práticas".

Entre as motivações explicitadas pelos participantes, Cristo foi ressaltado como exemplo, pois a opção preferencial pelos pobres e a inspiração católica são os elementos determinantes para uma ação transformadora.

Toda força gerada pelo amor à vida e pela indignação contra as injustiças ainda encontra barreiras, como, por exemplo, a falta de diálogo e de integração das diferentes visões, foi lançado o desafio de uma maior articulação entre as forças sociais e o fortalecimento da Caritas nas dioceses e paróquias.

Os congressistas aprovaram a Carta do 3º Congresso, isto é, uma carta comemorativa dos 25 anos de Economia popular Solidária e uma moção contra a transposição das águas do Rio São Francisco. (MJ)








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