Missionários abandonam a região moçambicana de Tete, temendo pela segurança após ataques
á sua missão
(14/11/2006) Três freiras e dois leigos que trabalhavam na província de Tete, centro
de Moçambique, deixaram o país, temendo pela segurança, após ataques à sua missão
por desconhecidos, no qual resultou a morte de um padre e uma leiga. O superior
regional dos Jesuítas em Moçambique, padre Carlos Salomão, disse, citado pela Lusa,
que três freiras espanholas e dois leigos portugueses, abandonaram o país por considerarem
que "não há condições de segurança, para continuarem a desenvolver o seu trabalho".
O Padre Salomão afirmou que aqueles religiosos decidiram voltar aos seus países, depois
de um padre brasileiro, Waldyr dos Santos, e de uma leiga portuguesa para o desenvolvimento,
Idalina Gomes, terem sido mortos num ataque na semana passada à sua missão, no distrito
de Tsangano, província de Tete. No ataque, um outro padre ficou ferido sem gravidade,
tendo ainda assim sido evacuado para a capital moçambicana, onde se encontra a recuperar,
apesar de psicologicamente abatido. "Estamos destroçados, temos de repensar a nossa
actividade em Tete, porque a morte do padre e da leiga e o regresso dos nossos cinco
companheiros estão a afectar a nossa intervenção social em Tete", afirmou o superior
regional dos Jesuítas em Moçambique. "Estes ataques pretendem desanimar-nos no importante
trabalho que temos desenvolvido junto à população carente de Tete", sublinhou o PadreCarlos
Salomão, manifestando-se optimista pelo trabalho da Polícia.