Cidade do Vaticano, 09 nov (RV) - A escravidão não é uma monstruosidade do
passado, da qual nos liberamos definitivamente, mas continua a existir em todo o mundo,
inclusive em países desenvolvidos como a França, os Estados Unidos e a Itália. Quem
o afirma é uma instituição religiosa que conhece bem o problema, os "Mercedários",
família de religiosos, religiosas e leigos fundada em Barcelona em 1218 e que hoje
atua nos 4 cantos do planeta.
Segundo os dados difundidos pela Ordem, neste
momento, mais de 270 milhões de pessoas vivem como escravos no mundo. Muito mais dos
que os 12 milhões de deportados da África entre os séculos XV e XX. Com a diferença
que hoje, somam-se chagas como o tráfico de órgãos, com seu mercado florescente, a
venda de crianças, a prostituição e a pornografia infantil, a exploração de sua mão-de-obra,
a mutilação sexual de meninas, o uso de menores em guerras, a escravidão por dívidas
e certas práticas coloniais de racismo.
Amanhã, a Família Mercedária, que após
800 anos de atividades possui institutos em todo o mundo, se reunirá na Casa Maria
Imaculada das Filhas da Caridade, para o primeiro congresso internacional intitulado
"A escravidão do 3º milênio e a resposta dos Mercedários".
Ontem, alguns representantes
da Ordem encontraram-se com Bento XVI no final da audiência geral, e o papa auspiciou
que os debates deste encontro suscitem em todos um novo entusiasmo em anunciar Cristo
aos irmãos". (CM)