2006-11-08 13:16:05

O nosso mundo precisa urgentemente de Paz, salientou o Papa durante a audiência geral, recordando que para uma identidade cristã não é suficiente ser batizado


( 08/11/2006 - RV) Prosseguindo a catequese que tem vindo a fazer sobre os Apóstolos, na audiência geral das quartas-feiras, Bento XVI referiu-se de novo a S. Paulo, detendo-se desta vez no episódio decisivo da sua conversão. O Papa ,sublinhou que Paulo nos ajuda a compreender o valor fundamental da fé e da componente “mística” da vida cristã, que tende à identificação com Cristo.
“De entre os elementos essenciais da história do Apóstolo Paulo – observou – o seu encontro com Cristo no caminho de Damasco revolucionou literalmente a sua vida. Cristo tornou-se a sua razão de ser e a motivação profunda de todo o seu trabalho apostólico. Podemo-nos então perguntar: como é que se produz o encontro de um ser humano com Cristo? Em que consiste a relação que daí deriva?
“Paulo ajuda-nos antes de mais a compreender o valor fundamental e insubstituível da fé. Na Epístola aos Romanos, escreveu ele: “Consideramos que o homem se torna justo pela fé, independentemente dos actos prescritos pela lei de Moisés”. “Ser justificados” significa ser tornados justos pela graça de Deus e entrar em comunhão com Ele, a fim de poder estabelecer uma relação mais autêntica com todos, e isso tendo como base um perdão total dos nossos pecados.
“Outro aspecto importante da fé é que, para o cristão, não basta ser crente e baptizado, importa também estar ‘em Cristo Jesus’. Trata-se de uma mútua compenetração com Ele, que leva a viver na própria carne a sua vida, morte e ressurreição. Esta experiência essencial convida- nos a sermos humildes diante de Deus, louvá-lo pela graça insondável que nos deu, ao mesmo tempo que nos infunde imensa alegria e confiança, pois, como diz o Apóstolo, ‘tudo posso naquele que me conforta’.
Nas saudações aos peregrinos de língua inglesa, o Papa dirigiu-se especialmente aos jovens de diferentes nações e tradições religiosas que se encontraram nos últimos dias em Assis, no vigésimo aniversário do Encontro Inter-religioso de Oração pela Paz, desejado por João Paulo II.
Tendo agradecido aos vários líderes religiosos que tornaram possível a participação destes jovens neste recente encontro, assim como ao Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, que o organizou, afirmou Bento XVI:
“Caros amigos jovens: o mundo necessita urgentemente de paz. O Encontro de Assis pôs em destaque o poder da oração na construção da paz. A oração autêntica transforma os corações, abre-nos ao diálogo, à compreensão e à reconciliação, e abate os muros levantados pela violência, pelo ódio e pela vingança”
O Papa concluiu esta saudação fazendo votos de que, tornando às suas próprias comunidades religiosas, cada um possa testemunhar o “espírito de Assis” - “mensageiros daquela paz que é dom gratuito de Deus e sinais vivos de esperança para o nosso mundo”.








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