08/11/2006) Vários líderes religiosos apelaram ontem, em Lisboa, aos hospitais portugueses
para que respeitem as diferentes crenças religiosas e permitam o cumprimento dos seus
rituais, especialmente em doentes terminais. "Em fase terminal, um doente budista
pode desejar ter assistência espiritual e nós lutamos para que este direito possa
ser respeitado", afirmou Paulo Borges, da União Budista de Portugal. O responsável
falava durante o III Seminário Saúde e Religião - Intervir em Contextos Migratórios,
que decorreu na Universidade Lusófona, em Lisboa. D. Januário Torgal Ferreira,
Bispo das Forças Armadas e de Segurança, defendeu a diversidade espiritual nos hospitais
portugueses. "Já há hospitais, como o S. João, no Porto, que não disponibilizam apenas
uma assistência religiosa. Têm uma assistência espiritual. Um dos crentes pode pedir
diálogo com alguém sobre determinados aspectos de ordem cultural ou transcendental
e é atendido", afirmou. Apelando a condições de justiça, equidade e dignidade
da pessoa, o bispo das Forças Armadas idealiza um Sistema Nacional de Saúde "com competência,
com formação profissional inigualável e com capacidade psicossociológica de atendimento".
Redacção/Lusa