MONUMENTO RECORDA SACERDOTES ASSASSINADOS PELOS NAZISTAS
Berlim, 07 nov (RV) - Neste fim de semana, foi inaugurado um monumento dedicado
aos 96 sacerdotes católicos que foram executados pelos nazistas no campo de concentração
de Sachsenhausen durante a II Guerra Mundial.
O memorial foi feito em pedra
e inclui os nomes de todos os clérigos assassinados, a maioria deles, poloneses. Sobreviventes
dos campos nazistas e o arcebispo de Varsóvia, cardeal Józef Glemp, participaram do
ato.
Sachsenhausen foi o principal campo de concentração de Berlim. As forças
alemãs na Polônia executaram sumariamente e deportaram milhares de poloneses católicos,
especialmente professores, sacerdotes, funcionários e outros líderes. O objetivo era
eliminar os poloneses com acesso à educação e evitar qualquer tipo de resistência
organizada. Muitos foram enviados a Sachsenhausen. Em maio de 1940, chegaram 1.200
prisioneiros poloneses, incluindo mais de 60 clérigos.
Historiadores contratados
pela Arquidiocese de Berlim documentaram os nomes de 711 sacerdotes católicos da Polônia,
Alemanha e outras nações européias que foram encarcerados neste campo de concentração.
Lá os prisioneiros costumavam ser executados se não morriam de fome ou alguma enfermidade.
Centenas
de prisioneiros deste campo foram transferidos para Dachau, nos arredores de Munique,
e outros lugares nazistas, onde finalmente morreram.
Ao inaugurar o monumento,
o arcebispo de Berlim, cardeal Georg Maximilian Sterzinsky, agradeceu o gesto em nome
da Igreja católica na Alemanha.
Segundo informações da Arquidiocese de Berlim,
um dos sacerdotes sobreviventes deste campo, dom Kazimierz Jan Majdanski, agora com
90 anos de idade, logo foi nomeado bispo de Szczecin-Kamień, na Polônia.
O
purpurado alemão agradeceu aos sobreviventes sua valentia frente ao passado, que permitiu
identificar as centenas de católicos confinados em Sachsenhausen. (CE)