2006-11-07 10:54:06

BENTO XVI RECEBE PRIMEIRO GRUPO DE BISPOS ALEMÃES


Cidade do Vaticano, 06 nov (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, esta manhã, no Vaticano, o primeiro grupo de bispos alemães em visita 'ad Limina', conduzidos pelo arcebispo de Berlim, o Cardeal Maximilian Sterzinsky.

A Alemanha, com 82 milhões de habitantes, é o Estado europeu mais populoso. 43% dos alemães se professam protestantes, 32%, católicos, e existe uma minoria de muçulmanos e judeus. O segundo grupo étnico é o dos turcos, com pouco mais de 2 milhões.

Desde 2003, a Alemanha está empenhada num plano de reformas do sistema fiscal e do mercado de trabalho, mas desde o ano passado se registra uma situação difícil para a economia, com baixos consumos e um altíssimo desemprego, que fez registrar mais de 5 milhões e 200 mil pessoas sem trabalho.

Foi São Bonifácio, bispo e mártir, que iniciou, no século VIII, a evangelização das populações germânicas. Deve-se a ele a construção da célebre Abadia de Fulda, onde está sepultado. No século XVI, na Igreja alemã, teve início o cisma protestante com Martinho Lutero.

Nasceram guerras e revoluções sociais. Depois, em 1555, na então Alemanha dividida entre princípios católicos e princípios protestantes, a paz Augusta sancionou a regra do cuius regio eius religio, ou seja, o reconhecimento dos princípios da liberdade de escolher para si e para os próprios súditos a religião a ser professada.

A Igreja católica conta hoje na Alemanha 12.320 paróquias, 7 províncias eclesiásticas. Entre dioceses e arquidioceses, Ordinariato Militar e Exarcado apostólico para os fiéis ucranianos de rito bizantino, se contam 29 circunscrições eclesiásticas.

Os bispos são 108. Nas últimas décadas eles publicaram documentos sobre a catequese, a doutrina social, as transformações antropológicas, e tomaram iniciativas pastorais sobre o direito de asilo, a defesa do domingo como dia festivo, o aborto, os novos desafios da bioética, as relações com as minorias religiosas.

A conferência episcopal se pronunciou nestes anos sobre o tema da memória histórica, em particular sobre a II Guerra Mundial e sobre a responsabilidade no Holocausto, na reaproximação com os povos dos países vizinhos, no processo de unificação e no apoio ao papel do país no caminho da União Européia.

Ultimamente, a Igreja alemã teve que afrontar, além das dificuldades causadas pela diminuição da prática religiosa e das vocações, diversos problemas ligados à família e ao cuidado pastoral para com os divorciados recasados.

Alguns documentos pastorais comuns foram significativos no caminho ecumênico, como a Declaração conjunta sobre a Doutrina da Justificação, as considerações partilhadas em matéria ética e social, e a celebração unitária, em 2003, do Dia ecumênico da Igreja. (RL)








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