2006-11-06 13:58:08

Possibilidades e limites das Ciências, responsabilidade dos cientistas: Bento XVI aos membros da Academia Pontifícia das Ciências


( 06/11/2006 -RV )“Precisamente porque “conhecem mais”, os cientistas estão chamados a “servir mais”. Uma vez que a liberdade de que gozam na investigação lhes dá acesso a conhecimentos especializados, eles têm a responsabilidade de usar sapientemente tais conhecimentos, em benefício de toda a família humana”: esta advertência que João Paulo II, dirigia, em 2002, aos membros da Académica Pontifícia das Ciências, repetiu-as nesta segunda de manhã Bento XVI, recebendo em audiência um grupo de uns setenta participantes na assembleia plenária desta Academia Pontifícia, consagrada desta vez ao tema “Previsibilidade na Ciência: exactidão e limites”.


“O crescente “progresso” da ciência, especialmente a sua capacidade de dominar a natureza através da tecnologia, tem por vezes sido posto em relação com uma correspondente “retirada” da filosofia, da religião e mesmo da fé cristã” – observou o Papa. “A Igreja – admitiu Bento XVI – reconhece que com a ajuda da ciência e da tecnologia o homem estendeu o seu domínio ao conjunto da natureza, produzindo efeitos outrora atribuídos aos poderes celestes”. Por outro lado, não existe um conflito inevitável entre fé sobrenatural e progresso científico, até porque o ponte de partida inicial da revelação bíblica é a afirmação de que Deus criou seres humanos dotados de razão, colocando-os acima de todas as criaturas do mundo”.


Em todo o caso, a ciência conhece os seus limites. O homem - advertiu Bento XVI - não pode colocar na ciência e na tecnologia uma confiança tão radical e incondicional que o leve a acreditar que o progresso científico e tecnológico pode explicar tudo e satisfazer completamente as suas necessidade espirituais e existenciais. A ciência não pode substituir a filosofia e a revelação fornecendo uma resposta exaustiva às questões mais radicais do homem: questões acerca do sentido do viver e do morrer, acerca dos valores absolutos, acerca da natureza do próprio progresso”.








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