SALESIANOS NA ESLOVÁQUIA ABREM ESCOLA PARA NÔMADES

Bardejov, 26 out (RV) - No último dia 21 de outubro, foi inaugurado e abençoado o Centro Educativo Dom Bosco, obra situada na zona periférica da cidade de Bardejov, Eslováquia. Naquele mesmo lugar, já existia, desde 1991 uma missão salesiana para os ciganos, etnia que conta 1.500 habitantes só nesta cidade, e 300.000 em toda Eslováquia.

O centro compreende uma escola primária e uma creche, dedicados ao bem-aventurado Zeferino Gimenez Malla, mais conhecido como "El Pelé", mártir na Espanha em 1939 e o primeiro membro da etnia cigana beatificado.

Naturalmente, o centro tem também uma igreja dedicada ao bem-aventurado Zeferino, assim como o oratório São Domingos Sávio e uma seção externa da Universidade Santa Isabel.

Participaram da inauguração o bispo auxiliar de Kosice, dom Bernard Bover, também encarregado da pastoral entre a etnia cigana, e um grupo de responsáveis salesianos (Vaclav Klement, conselheiro para a região salesiana do Leste da Ásia e Oceania, presente na Eslováquia para uma visita extraordinária, Stefan Turansky, inspetor salesiano), o doutor Dusan Caplovic, vice-primeiro ministro da Eslováquia, o doutor Boris Hanuscak, autoridades civis locais e européias (o prefeito de Bardejov, e o doutor Jan Figel, comissário de Eslováquia ante a União Européia).

A missão entre os nômades foi iniciada pelo padre Peter Besany em 1990. A etnia cigana é especialmente discriminada na Eslováquia, segundo denunciou o European Roma Rights Center (ERRC) em um informe enviado à ONU.

Os ciganos se encontram fechados em um círculo de discriminação em muitos aspectos da vida social, econômica e cultural. Este círculo sem saída começa pelo fato de que muitos dos ciganos da Eslováquia não têm direito de votar nas eleições, por não possuírem documentos de identidade ou residência.

Outro ponto destacado pelo ERRC em seu relatório à ONU era que o país conta com uma boa legislação para lutar contra a discriminação, mas que não é aplicada e que os ciganos são vítimas primeiramente da segregação educativa, além de discriminação trabalhista, de moradia e do sistema de saúde. (CM)