2006-10-26 18:37:22

O PAPA NA TURQUIA: "AIS" PEDE RESPEITO PELA LIBERDADE RELIGIOSA


Berlim, 26 out (RV) – "O Papa não vem para fazer proselitismo, como a imprensa turca quer dar a entender, mas para falar com os muçulmanos, com o governo turco e obviamente para se encontrar com os católicos, especialmente com os cristãos ortodoxos", afirmou o vigário apostólico de Anatólia, na Turquia, dom Luigi Padovese, durante uma coletiva de imprensa promovida em Berlim pelo secretariado alemão da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Referindo-se também ao discurso proferido pelo papa Bento XVI na Universidade de Regensburgo, o vigário apostólico assinalou a importância do convite para o diálogo entre as religiões. As palavras de dom Padovese ressaltaram o mérito do trabalho desenvolvido pela Ajuda à Igreja que Sofre na defesa dos direitos religiosos dos cristãos na Turquia.

Falando sobre a questão da adesão da Turquia à União Européia, foram colocadas algumas questões sobre a adequação ao "padrão de liberdade religiosa na União Européia", o reconhecimento das Igrejas cristãs, o direito de propriedade e a formação dos padres no país.

A Igreja Católica não tem direito a construir igrejas ou outro tipo de edifícios por causa de uma lei restritiva que data de 1923. A autorização de residência para os padres estrangeiros depende, muitas vezes, da boa vontade das autoridades. O assassinato do padre Andrea Santoro, em fevereiro, representa uma prova concreta dos ataques abertos contra os sacerdotes. Além disso, os futuros padres nem sequer dispõem de um seminário na Turquia.

O Vicariato Apostólico de Anatólia estende-se por mais da metade do território da Turquia e tem oficialmente cinco mil católicos. Atualmente, o país tem mais de 63 milhões de pessoas, dos quais 200 mil cristãos. Curiosamente, em 1914 mais de 30 % dos turcos eram cristãos.

Para comemorar esta visita histórica do Papa à Turquia a Ajuda à Igreja que Sofre prepara uma edição turca do livro "Pequeno Catecismo da Igreja Católica". Um outro livro, "A Bíblia das Crianças", que foi publicado em língua turca em 2004, encontra-se agora disponível na internet. (CE)







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