A UE mobilize-se a favor da paz e do desenvolvimento, pediu Bento XVI num discurso
ao novo embaixador da Bélgica junto da Santa Sé. Para os emigrante, o Papa salientou
a necessidade de politicas de integração, o respeito dos direitos, e o diálogo entre
culturas e religiões
No primeiro lugar dos desafios que esperam a Europa encontra-se a questão da paz e
da segurança, visto que a actual situação internacional é tornada frágil pelos conflitos
que perduram em particular no Médio Oriente, com as situações sempre dramáticas da
Terra Santa, do Libano e do Iraque, mas também na africa e na Ásia. Foi o que reafirmou
Bento XVI nesta quinta feira no discurso ao novo embaixador da Bélgica junto da Santa
Sé recebido no Vaticano para a apresentação das Cartas Credenciais. É importante ao
máximo nível – disse o papa – que a comunidade internacional e especialmente a União
Europeia se mobilizem com determinação a favor da paz, do diálogo entre as nações
e do desenvolvimento. O continente europeu – disse ainda o Papa – encontra pouco
a pouco a sua unidade na paz, e a União Europeia tornou-se no mundo, uma força económica
de primeiro plano, além de sinal de esperança para muitos. Perante as exigências da
mundialização das trocas e da solidariedade entre os homens, a Europa deve continuar
a abrir-se e a empenhar-se nos grandes estaleiros do planeta. Pela minha parte
– declarou Bento XVI ao embaixador da Bélgica – posso assegurar-vos o empenho decidido
da Santa Sé a trabalhar com todas as suas forças a favor da paz e do desenvolvimento. O
Papa disse ainda que as questões ligadas ao acolhimento de emigrantes cada vez mais
numerosos e a multiplicação no mesmo terreno de comunidades diferentes por cultura
de origem e religião, tornam hoje absolutamente necessário nas nossas sociedades,
o diálogo entre as culturas e entre as religiões. E fez um apelo a adequadas politicas
de integração. “È necessário aprofundar o conhecimento recíproco - advertiu Bento
XVI – respeitando as convicções religiosas de cada um e as legitimas exigências da
vida social, em conformidade com as leis em vigor, e acolher os emigrantes de maneira
que seja respeitada a sua dignidade. Por isso é importante realizar uma politica de
emigração que saiba conciliar os interesses próprios dos países de acolhimento e o
necessário desenvolvimento dos países mais desfavorecidos, politica sustentada também
por uma vontade de integração que não deixe crescer situações de repulsa ou de direitos
negados, como revela o drama dos “sans-papier”:” Segundo o Papa, evitar-se-á desta
maneira o risco de alimentar o nacionalismo exacerbado e a xenofobia, e poder-se-á
esperar num desenvolvimento harmonioso das nossas sociedades para o bem de todos os
cidadãos.