2006-10-25 13:13:56

O Evangelho é para todos, porque Deus é Deus de todos. Na audiência geral desta quarta feira, Bento XVI percorreu a história do Apóstolo Paulo


À luz de Cristo qualquer outro valor é recuperado e purificado de eventuais escorias ,juntamente com o carácter universal do anuncio cristão visto que Deus é Deus de todos: são as características de Paulo de Tarso que o Papa recomendou á atenção dos fiéis, na audiência geral desta quarta feira, perante cerca de 25 mil pessoas na Praça de São Pedro.
Bento XVI dedicou a sua catequese a Saulo, o decimo terceiro Apostolo, anunciando que nas próximas audiências reflectirá sobre uma série de homens e de mulheres que gastaram a vida pelo Evangelho e pelo Senhor.
Falando brevemente da vida de Saulo, nascido entre a Anatólia e a Síria, hebreu da diáspora chegado a Jerusalém para estudar a lei de Moisés, tornado perseguidor dos cristãos e depois fulgurado pela luz de Cristo, Bento XVI definiu-o “estrela de primeira grandeza na história da Igreja e não só daquela das origens, definido por Crisóstomo “superior aos anjos e aos arcanjos, e por Dante Alighieri na Divina Comédia “vaso de eleição, que significa - explicou o Papa – instrumento escolhido por Deus. Outros, recordou, chamam-no o decimo terceiro apóstolo ou até mesmo o primeiro depois do único.
O Santo Padre recordou que Paulo, quando estudava a lei de Moisés, aprendeu a profissão de tecelão e assim pode providenciar pessoalmente ao próprio sustentamento , também sucessivamente, sem pesar sobre as igrejas.
Foi decisivo para ele - explicou Bento XVI – conhecer a comunidade dos que se professavam discípulos de Jesus: que colocavam no centro não uma fé mas a pessoa de Jesus, e a ele estava ligada a remissão dos pecados. Como judeu, Saulo considerava esta mensagem inaceitável e escandalosa e portanto sentiu-se no dever de perseguir os cristãos também fora de Jerusalém. Mas, no caminho de Damasco, foi arrebatado por Cristo, a luz do ressuscitado – disse o Papa – tocou-o e mudou a sua vida inteira. Ele próprio fala não só de visão, mas sobretudo de iluminação e vocação. Apóstolo por vocação, define-se explicitamente., ou por vontade de Deus, a sua conversão não é o resultado de uma sequencia de pensamentos, mas fruto de um acto divino, de uma graça divina imprevisível.
O primeiro ensinamento da vida de Paulo é portanto colocar Cristo no centro.
“Outra coisa – acrescentou o Papa – é o carácter universal do seu apostolado: a salvação é oferecida a todos os homens sem excepção, é o anúncio de graça ao homem destinado a reconciliá-lo com Deus e com os outros; não diz respeito apenas ao judeu, mas a todos, porque Deus é Deus de todos.
Depois de ter recordado a paixão de Paulo na difusão do Evangelho em todas as partes do mundo então conhecido, Bento XVI citou também os sofrimentos e as perseguições, até ao martírio:”não teria podido enfrentar provações tão grandes - comentou o Papa - se não tivesse havido uma razão de valor absoluto: para ele é Jesus Cristo.
Escutemos agora a saudação de Bento XVI em língua portuguesa RealAudioMP3
Amados Irmãos e Irmãs,
Nossa Catequese de hoje considerou a São Paulo. A figura deste Apóstolo brilha pelo esplendor da sua obra, não somente por ter sido o artífice por excelência da expansão do cristianismo pelo mundo afora, mas por ter-nos ensinado a pôr Cristo no centro da nossa vida. Peçamos a Deus de imitá-lo, sabendo reproduzir em nossas vidas aquele motivo da sua entrega: «Tornai-vos os meus imitadores, como eu sou de Cristo» (1Cor 11,1).
Saúdo com especial afecto os peregrinos de língua portuguesa aqui presentes; a todos desejo felicidades, graça e paz. Aos portugueses de Faro e de Albufeira, e ao numeroso grupo de brasileiros faço votos de que prossigam na caminhada de fé, depositando sempre a esperança em Cristo ressuscitado. Que Deus vos abençoe!








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