NA BASÍLICA VATICANA ABERTURA DO ANO ACADÊMICO DAS UNIVERSIDADES PONTIFÍCIAS
Cidade do Vaticano, 23 out (RV) – Na tarde desta segunda-feira, na Basílica
Vaticana, o Prefeito da Congregação para a Educação Católica, cardeal Zenon Grocholewski,
presidiu a missa pelo início do Ano Acadêmico das Universidades Pontifícias. Ao término
da Liturgia, Bento XVI desceu à Basílica para saudar os presentes.
Os ateneus
pontifícios são dezesseis, dos quais sete são universidades pontifícias e se encontram
todos em Roma. Há ainda quatro Faculdades individualmente consideradas e três Institutos
Pontifícios particulares que são o Pontifício Instituto de Música Sacra, o Pontifício
Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos, e o Pontifício Instituto de Arqueologia Cristã.
No mais, existem ainda sete Institutos de alta especialização, ligados aos Ateneus.
Em
seu pronunciamento, o Santo Padre fez suas felicitações pelo início do novo Ano Acadêmico
e expressou seu reconhecimento aos membros da Congregação para a Educação Católica
pelo precioso serviço que prestam à Igreja no importante âmbito das novas gerações.
Depois,
o papa recordou que a comunidade acadêmica pontifícia é caracterizada por uma multiplicidade
de culturas e proveniências, de várias partes do mundo. Os estudantes vêm, sobretudo,
de territórios de missão, mas existem muitos outros, como presbíteros, diáconos, religiosos
e não poucos leigos, que vêm fazer especialização ou doutorado em diversas disciplinas.
Por
sua vez, _ acrescentou o Papa _, os estudantes universitários se encontram, em Roma,
com docentes também de nacionalidades e culturas diferentes: "Esta variedade, porém,
não produz dispersão, porque, todos os Ateneus, as Faculdades e os Colégios tendem
a uma unidade superior, obedecendo a critérios comuns de formação, principalmente
o da fidelidade ao Magistério. Esta comunidade acadêmica manifesta a eloqüente universalidade
e unidade da Igreja católica e, por sua vez, se enriquece de experiências eclesiais
e pastorais".
Além do crescimento cultural, o pontífice reafirmou a importância
prioritária de uma vida espiritual e uma profunda formação ascética e religiosa. Todos,
indistintamente, devem cultivar uma amizade íntima com Jesus, mediante a meditação
e a oração. E o Papa explicou: "O aprofundamento das verdades cristãs e o estudo da
teologia ou de outra disciplina religiosa pressupõem uma educação ao silêncio e à
contemplação. O pensamento sempre precisa de purificação para entrar na dimensão divina.
As nossa palavras podem ter valor e utilidade somente se forem provenientes do silêncio
da contemplação."
O Bispo de Roma concluiu suas palavras dirigindo-se a Jesus,
ao qual pediu para que nos ensine a rezar, mas também, a pensar, a escrever e a falar.
"O
apostolado dos estudantes acadêmicos _ disse por fim o Papa _ poderá ser rico e proveitoso
na medida em que estudarem com seriedade, tendendo sempre à santidade." (RL)