Varsóvia, 19 out (RV) - A opressão que os cristãos sofrem em muitos países
de todo o mundo foi o tema apresentado por Attilio Tamburrini, diretor da Seção italiana
de Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), na conferência do ODIHR, em Varsóvia.
O
ODIHR é o Escritório para as Instituições Democráticas e os Direitos Humanos, órgão
pertencente à Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). Seus 56
Estados membros estiveram reunidos por 10 dias na capital polonesa e decidiram criar
um serviço de informação para documentar casos de discriminação, xenofobia e violação
do direito de liberdade religiosa.
Neste sentido, o diretor da AIS italiana,
Attilio Tamburrini, insistiu em afirmar que também na Europa os cristãos estão em
desvantagem. Segundo ele, em 18 Estados membros da OSCE, que consagraram o direito
fundamental à liberdade religiosa em suas Constituições, este direito não se outorga
plenamente. Como exemplos citou Belarus, a Turquia e Bósnia-Herzegóvina.
A
seção italiana da Ajuda à Igreja que Sofre publica anualmente um informe sobre a situação
da liberdade religiosa no mundo.
A respeito da liberdade religiosa, o governo
indonésio assegurou ontem, por meio de seu porta-voz, Andi Mallarangeng, que o país
(o de maior população muçulmana no mundo) respeita e tutela o pluralismo religioso,
e que os extremistas islâmicos são apenas uma pequena minoria.
Nos últimos
anos, a Indonésia viveu uma série de violentos ataques, perpetrados por extremistas
islâmicos contra objetivos ocidentais, e foram aprovadas diversas leis conformes à
Sharia, a lei islâmica.
Apesar disso, Mallarangeng afirmou que a grande maioria
dos muçulmanos indonésios rejeita as interpretações mais radicais de sua crença. "O
Islã indonésio não é isso" _ comentou o porta-voz _, acrescentando que as tendências
e sondagens comprovam a queda de consenso da 'islamização' do Estado.
A Indonésia
é o quarto maior país do mundo em população, e 85% de seus 220 milhões de habitantes
são muçulmanos. (CM)