Manila, 16 out (RV) - A Conferência Episcopal Filipina junto aos Ulema, principal
organização religiosa sunita nas Filipinas, pediram com urgência que o governo e os
guerrilheiros do grupo "Frente Moro de Libertação Islâmica" (Moro Islamic Liberation
Front) retomem novamente o diálogo para cessar com as violências que assolam a ilha
de Mindanao.
Esta é a segunda vez em um mês, que os líderes religiosos pedem
para que seja feito acordo de paz. De fato, o último foi feito no último dia 30 de
setembro.
Segundo a polícia, duas bombas explodiram ontem e outra foi desativada
em tempo. Isso fez aumentar as tensões em Mindanao. A bomba que explodiu não causou
vítimas, mas as autoridades Filipinas acreditam que os responsáveis pelo atentado
sejam dois militantes do grupo islâmico Rajah Solaiman.
A população muçulmana
respondeu pacificamente organizando 10 dias de vigília de oração para cessar a violência.
Segundo a polícia, este mesmo grupo está planejando para o próximo dia 1º de novembro,
uma série de atentados em Manila, capital do país, durante a festa de "Todos os Santos"
que reunirá milhões de fiéis católicos.
Segundo o arcebispo de Cotobato, dom
Orlando Beltran Quevedo, somente através das negociações se poderá pôr fim às hostilidades,
que dura há mais de 30 anos. A sociedade Filipina _ sublinhou o prelado_ deve resolver
o quanto antes esta situação. (MJ)