EM MEIO A "BOLSÕES" DE MISÉRIA, CELEBRA-SE O DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO
Washington, 16 out (RV) - No dia 16 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da
Alimentação. A comemoração, que teve inicio em 1981, é hoje reconhecida em mais de
150 países como uma importante data para alertar e conscientizar a opinião pública
sobre questões globais relacionadas com a nutrição e alimentação.
Esta data
assinala ainda a fundação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação), que teve lugar no Canadá (Quebeque) em 1945.
Desde 1981, O
Dia Mundial da Alimentação salienta um tema em particular sobre o qual incidem as
atividades comemorativas. Este ano, o tema é "Investir na agricultura para a segurança
alimentar".
Vejamos alguns dados:
Cerca de 815 milhões de pessoas passam
fome no mundo: o alerta foi lançado sexta-feira, 13, pelo Instituto de Pesquisas sobre
Políticas Alimentares, organização com sede em Washington. O Instituto, que divulgou
seu Índice de Fome Global, também alertou que 127 milhões de crianças no mundo sofrem
com insuficiência alimentar.
O instituto criou uma pontuação que varia de zero
a cem, em que zero é o melhor resultado. A maioria dos países da América do Sul tem
uma pontuação menor que dez, indicando problemas "moderados".
O Brasil, em
20 anos, reduziu pela metade o seu problema de fome, segundo o Índice de Fome Global
do Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares.
Em 1981, o Brasil fazia
parte do grupo de países com problemas "graves" de fome, com 10,43 pontos no ranking.
Em 2003, ano até o qual foram compilados dados para o índice, o país obteve 5,43 e
ficou no grupo com problemas "moderados" de fome, afirmou a organização.
O
índice levou em consideração fatores como mortalidade infantil, desnutrição infantil
e o número de pessoas com deficiência alimentar em 119 nações pobres ou emergentes.
E a posição da Igreja católica sobre este fenômeno?
Sob indicação de
João Paulo II, aos 4 de outubro de 1996, o Pontifício Conselho "Cor Unum", publicou
o documento intitulado "A fome no mundo. Um desafio para todos: o desenvolvimento
solidário". Hoje, dez anos depois, o documento eclesial sobre a fome no mundo conserva
a sua atualidade. (CM)