BENTO XVI RECORDA OS 50 ANOS DA INSURREIÇÃO HÚNGARA
Cidade do Vaticano, 14 out (RV) - "É nobre e justo defender e custodiar os
direitos da própria liberdade e da religião": foi o que disse o papa na carta ao Secretário
de Estado emérito, cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio cardinalício, nomeado
Legado pontifício para as celebrações da liberdade da Hungria, que se realizarão na
capital magiar, Budapeste, nos dias 22 e 23 do corrente.
O evento recorda a
revolução húngara de 1956, quando a Hungria procurou livrar-se da ditadura comunista.
A insurreição foi reprimida com o sangue das tropas do Pacto de Varsóvia, com centenas
de vítimas.
"A verdadeira liberdade _ afirmou o papa citando o Concílio Vaticano
II _ é no homem um sinal privilegiado da imagem divina" e aqueles que por essa causa
"sofreram perseguições ou perderam a vida _ acrescentou _ são dignos de louvor e de
imperiosa memória."
Recordando o 50º aniversário da "heróica defesa da liberdade
nacional" na Hungria, Bento XVI exorta a todos, mas especialmente "aqueles que se
encontram empenhados em tarefas educativas, a atuarem para formar seres humanos" que
"no pleno reconhecimento da ordem moral, saibam obedecer à legítima autoridade e sejam",
ao mesmo tempo, "amantes da genuína liberdade". (RL)