PAPA ENCORAJA BISPOS DA ZÂMBIA A TESTEMUNHAREM VERDADE DA FÉ

Cidade do Vaticano, 13 out (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, esta manhã, os bispos da Zâmbia, ao término de sua visita "ad Limina". Na ocasião, os prelados africanos falaram ao Santo Padre, sobre os desafios pastorais da Igreja zambiana diante das recentes mudanças políticas, sociais e econômicas que o país atravessa. Bento XVI os encorajou em sua missão de testemunhar a verdade da fé.

Após ter ouvido atentamente as palavras do presidente da Conferência Episcopal da Zâmbia, Dom Telesphore George Mpundu, arcebispo coadjutor de Lusaka, o Papa recomendou-lhes que testemunhassen, sobretudo, "uma vida de amor genuíno", mostrando "a compaixão de Cristo especialmente pelos pobres, pelos refugiados, pelos doentes e por todos os sofredores".

O Papa os exortou, ao mesmo tempo, a continuarem "proclamando a necessidade da honestidade, do afeto familiar, da disciplina e da fidelidade, que têm um impacto decisivo para o bem-estar e a estabilidade da sociedade".

A seguir, solicitou aos bispos que ensinassem aos fiéis, o valor e a prática da oração, de modo particular da oração litúrgica e, desse modo, também o valor das formas populares de piedade, e o valor da intercessão dos santos, especialmente de Maria.

Acerca dos sacerdotes, que podem esmorecer "por causa das tantas tentações da sociedade contemporânea", o Santo Padre insistiu sobre a importância de "comunicar-lhes a alegria de servir a Deus com um justo desapego das coisas deste mundo".

Os bispos da Zâmbia, por sua vez, evidenciaram luzes e sobras de uma jovem democracia que hoje vê a Igreja assumir posições e elevar sua voz em defesa dos direitos humanos, da justiça e da moralidade na vida pública, de modo particular na esfera política. A Igreja na Zâmbia, desafiada por graves problemas sociais, está empenhada nos campos da família, da educação e da saúde, em particular na luta contra a AIDS, que atinge quase 20% da população. É uma Igreja que se interroga sobre a formação do clero e dos religiosos.

Por fim, os prelados africanos dirigiram à Santa Sé um agradecimento especial pelos "esforços feitos para reconciliar o arcebispo Emmanuel Milingo à Igreja, declarando-se "extremamente sentidos pelas recentes atividades" do prelado que "o levaram a romper com Roma". (RL)