2006-10-06 18:44:46

REPRESENTANTE DA SANTA SÉ NA ONU EM GENEBRA PEDE MAIS DINHEIRO, VONTADE POLÍTICA E ABERTURA CULTURAL, EM APOIO A REFUGIADOS


Genebra, 05 out (RV) - Dêem aos refugiados somente um pouco daquilo que se gasta com as armas, para aliviar os sofrimentos de uma humanidade desprotegida: foi o apelo lançado ontem, quarta-feira, pelo observador permanente da Santa Sé junto às agências da ONU, em Genebra, Arcebispo Silvano Maria Tomasi.

No pronunciamento que fez perante o Comitê Executivo do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), reunido em Genebra, Dom Tamasi pediu maiores alocações econômicas por parte dos Estados, em ajuda aos milhões de refugiados no mundo.

Bastaria uma pequena parte do que se gasta em armamentos para "aliviar os sofrimentos de uma humanidade desprotegida" _ ressaltou o arcebispo _ pessoas que "através de mares e desertos" fogem "da guerra, da violação de seus direitos humanos, da fome".

Nos últimos 10 anos, de 1996 e 2005 _ denunciou Dom Tomasi _ as despesas militares aumentaram de 34%, alcançando a cifra de 1 trilhão e 118 bilhões de dólares. Além de mais verbas, são também necessárias vontade política e abertura cultural, por parte da opinião pública.

"Centenas de vidas perdidas nos últimos tempos, na busca desesperada de uma existência mais segura e decente são _ observou o prelado _ um sinal de alarme de que, em nosso mundo globalizado, a comunidade internacional está falindo, em seus objetivos de solidariedade e proteção."

Por fim, o representante vaticano fez um pedido particular, para que se esclareça a identidade do refugiado e do deslocado ou do migrante, porque a confusão entre essas figuras muitas vezes prejudica o direito de asilo daqueles que correm o risco de ser repatriados a países que os perseguem por motivos políticos, religiosos, étnicos e outros. "Esses refugiados (uma minoria) devem ser tutelados de modo prioritário" _ sublinhou o arcebispo. (RL)







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